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Governo britânico mantém igual acesso dos estudantes europeus às universidades britânicas

Os candidatos a cursos universitários que comecem em Setembro de 2019 vão poder aceder aos empréstimos que pagam as propinas anuais de 9.250 libras (10.450 euros), o mesmo valor que pagam os estudantes britânicos, uma garantia que se estende até à conclusão.

Donald Trump não é fã do projecto do euro, nem da União Europeia. Tem sido elogioso do Brexit e disse mesmo esperar que outros países sigam o mesmo caminho. Uma opinião partilhada pelo homem apontado na imprensa como o próximo embaixador dos EUA na União Europeia. Ted Malloch afirmou numa entrevista à BBC que o melhor investimento que se pode fazer em 2017 é 'apostar na queda do euro', antecipando o colapso da moeda única. Disse também que, depois de ter ajudado a desmembrar a União Soviética, poderá fazer o mesmo em relação à União Europeia. Malloch não foi ainda confirmado.
reuters
02 de Julho de 2018 às 11:26
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Os estudantes europeus, incluindo portugueses, vão continuar a ter acesso nas atuais condições às universidades britânicas depois da saída do Reino Unido da União Europeia, no próximo ano lectivo, anunciou hoje o ministro da Educação britânico, Damian Hinds.

 

Os candidatos a cursos universitários que comecem em Setembro de 2019 vão poder aceder aos empréstimos que pagam as propinas anuais de 9.250 libras (10.450 euros), o mesmo valor que pagam os estudantes britânicos, uma garantia que se estende até à conclusão.

 

"Os estudantes da União Europeia dão uma contribuição importante para o sector de universidades e é uma prova da qualidade do nosso sistema o facto de tantos estudantes estrangeiros escolherem vir estudar aqui. Hoje estamos a dar clareza e certeza sobre as propinas durante os seus cursos", afirmou Hinds, citado pela imprensa britânica antes de um anúncio oficial, esta tarde. 

 

Enquanto cidadãos europeus, os estudantes dos 27 países da União Europeia têm beneficiado do acesso a licenciaturas e mestrados em igualdade de circunstância com os nacionais britânicos, incluindo a elegibilidade para empréstimos e bolsas de financiamento avalizadas pelo Governo britânico.

 

Estas bolsas cobrem a 100% as propinas universitárias, que podem chegar a 9.250 libras por ano, enquanto os estudantes extra-comunitários pagam propinas que podem chegar às 35 mil libras (40.000 euros) anuais.

 

Os 'Tuition Fees Loans' [Empréstimos para Propinas de Estudo] são empréstimos que cobrem a totalidade do custo das propinas pagas pelo estado britânico directamente à instituição de ensino, valor que os estudantes se comprometem a reembolsar após o final do curso, quando o salário mensal estiver acima das 2.083 libras (2.355 euros), ou seja, 25 mil libras anuais (28 mil euros).

 

Ao valor total é aplicada ainda uma taxa de juro que ronda os 6%, cujo cálculo soma a taxa de inflação de 3% ao valor fixo de 3%. 

 

Um relatório do Serviço de Admissão às Universidades e Colégios (UCAS, na sigla inglesa) publicado em Novembro do ano passado indicava que o número de candidatos europeus a licenciaturas aceites em universidades britânicas tinha caído este ano pela primeira vez desde 2012, para 24.565.

 

Apesar da redução de estudantes de países como Alemanha, Itália, Irlanda ou Eslovénia, Portugal foi o país europeu que registou o maior aumento de novos estudantes universitários no Reino Unido este ano lectivo, 1.200 em 2017/18, mais 230 (24%) do que em 2016/17, quando foram matriculados 970 estudantes portugueses.

 

Segundo o UCAS, o número de estudantes portugueses nas universidades britânicas triplicou desde 2012, tendo disparado 36% de 2014/15 para 2015/16 e 21% de 2015/16 para 2016/17.

 

Porém, a continuidade do acesso a este tipo de condições de estudo no ensino superior britânico ainda deverá ser definido nas negociações que continuam sobre as relações entre o Reino Unido e a União Europeia após o 'Brexit'.

 

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