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França não vai pedir flexibilização das metas do défice

A França não vai pedir a Bruxelas um novo adiamento das metas fixadas para a redução do défice, como chegou a ser aventado por François Hollande. Manuel Valls, novo primeiro-ministro, diz que atingir um défice de 3% em 2015 é um compromisso para manter.

Reuters
16 de Abril de 2014 às 12:02
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Apesar de o Presidente François Hollande ter sugerido que a França ia pedir mais tempo para reduzir o seu défice orçamental, quando afirmou que o novo Governo deveria “convencer” Bruxelas a ter em conta a necessidade de estimular o crescimento na análise dos planos de ajustamento orçamental,  o jornal francês “Libération” escreve esta quarta-feira que o Governo francês “nem sequer solicitou” a Bruxelas uma flexibilização das metas.

 

A constituição de um novo Governo terá servido para Hollande tentar redefinir as principais linhas orientadoras da política francesa. Contudo o Presidente francês parece preferir optar por uma linha de não confrontação com Bruxelas. Paris deverá manter-se próxima daquilo que tem sido o consenso europeu no que diz respeito à necessidade de aplicação de medidas de consolidação que possibilitem a redução dos elevados défices e dívidas públicas. 

 

Arnaud Montebourg, antigo ministro da Indústria que subiu à pasta da Economia no Governo Valls, terá mesmo chegado a sugestionar que “neste momento é a Europa que nos reorienta em direcção ao dogma da austeridade quando o que precisamos é de pragmatismo". Em Itália Renzi também apontou baterias a uma “Europa tecnocrata” que tem negligenciado a premência de políticas de crescimento.

 

A formação do novo Governo francês agora liderado por Manuel Valls, assim como a nomeação de Matteo Renzi para primeiro-ministro do Executivo italiano, relançou a velha discussão sobre se a dosagem prevista para a consolidação orçamental, designadamente no quadro do Tratado Orçamental, poderá comprometer a incipiente retoma das economias europeias.

 

No entanto, nos últimos dias tanto Valls como Renzi já sublinharam que os seus países “respeitam os compromissos” tendo o primeiro-ministro gaulês garantido, este domingo, que a França vai cumprir as metas para o défice estabelecidas com a União União.

 

A par de outros países, a França obteve no ano passado mais dois anos, até 2015, para atingir a meta de 3% do PIB para o défice – meta que a Comissão Europeia e o Tribunal de Contas francês duvidam poder ser cumprida.

 

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