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Calendários e agendas para 2016 já estão desactualizados. Não faz mal, dizem os fabricantes

É oficial. A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira, 8 de Janeiro, a reposição dos quatro feriados retirados há três anos. Fabricantes de agendas e calendários não estão preocupados.

08 de Janeiro de 2016 às 17:11
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Há produtos que só são vendidos numa determinada época do ano. É o caso dos calendários e das agendas, que têm uma validade anual, ao fim da qual se tornam basicamente inúteis. 

Para os fabricantes de calendários, 2016 vai ficar-lhes na memória como o ano em que os seus produtos ficaram desactualizados nos primeiros dias do ano. Motivo? O regresso de quatro feriados que tinham sido eliminados. É caso para perder a cabeça. "Não", responderam ao Negócios. 

As gráficas e tipografias responsáveis pela produção e venda de agendas e calendários não prevêem que a reposição dos quatro feriados retirados em Janeiro de 2013, aprovada esta sexta-feira, 8 de Janeiro, aprovada pela Assembleia da República tenha qualquer impacto na sua produção. Esta é, pelo menos, a opinião mais unânime reunida pelo Negócios junto de algumas empresas, que não olham com transtorno a introdução dos dois feriados religiosos e dos dois feriados civis no calendário de 2016.

A Tipografia Priscos, para já, não pensou sobre o assunto. Não obstante, a empresa não afasta uma actualização dos calendários para as possíveis futuras encomendas, que, a acontecerem, serão em número pouco significativo, uma vez que a grande concentração de encomendas já aconteceu, ainda antes do final de 2015.


Uma opinião também partilhada pela Indústria Portuguesa de Tipografia, que destaca que a maior parte das vendas aconteceu "muito antes do final do ano", quando ainda não existiam certezas sobre a aprovação dos três projectos de lei apresentados por PS, PCP e Bloco de Esquerda. "À partida não vai afectar nada", considera a Indústria Portuguesa de Tipografia. Não obstante, para esta empresa, o volume de vendas do último ano foi cerca de quatro vezes inferior às vendas relativas a agendas e calendários de 2015, uma alteração que João Paulo, da Indústria Portuguesa de Tipografia crê que poderá ter alguma influência da discussão dos feriados, no final de 2015, altura em que as vendas da empresa são mais significativas. "Pode ter existido alguma hesitação por parte dos nossos clientes face a esta incerteza e terão preferido aguardar", pondera.

O responsável lembra, contudo, que nas agendas produzidas pela Indústria Portuguesa de Tipografia, os feriados repostos foram assinalados a uma cor diferente, com a nota de que tinham retirados anteriormente. Se for um dos donos de uma destas agendas, basta-lhe ignorar a nota adicional e conte com estes quatro feriados.

Já Ângela Araújo, responsável pela gestão do "stock" da empresa Firmo, uma empresa que conta com mais de seis décadas no mercado nacional e internacional e dela resultando produtos como o reconhecido caderno azul, desvaloriza o impacto. "Não sentimos alteração nenhuma relativamente à produção e encomendas comparativamente ao ano anterior". "Poderá, eventualmente, chegar uma encomenda de algum cliente, mas penso que não terá um grande peso", considera, sublinhando que a maioria do "stock" já foi vendido.


O Negócios tentou contactar a Ambar e a Note.it (do grupo Sonae), mas ainda aguarda a resposta destas duas empresas.

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