Notícia
Centeno vê literacia financeira como chave para "sociedade mais inclusiva e menos desigual"
Na sessão solene da semana da formação financeira esteve em debate a credibilidade do documento que orienta os professores na educação da literacia financeira e a importância desta matéria na vida dos cidadãos.
Arrancou esta terça-feira a a sessão solene da semana da formação financeira. Em debate estiveram a importância da literacia financeira na vida das pessoas, bem como as linhas orientadoras do guia da formação, o referencial de educação financeira (REF), e a sua atualização.
O presidente do banco de Portugal, Mário Centeno, começou por sublinhar a importância que a literacia financeira tinha neste momento dado o contexto económico que vivemos, já que esta contrói cidadãos mais resilientes. O presidente do banco central português acrescentou que "as crises tendem a castigar os grupos que estão mais vulneráveis" e que com cidadãos mais instruídos nestas matérias se poderia criar "uma sociedade mais inclusiva e menos desigual".
Na mesma linha, o ministro da Educação, João Costa, disse que é importante haver jovens com conhecimento científico, artístico e humanístico, mas atribui igual importância à educação de literacia financeira para que possam ter competências para resolver os problemas da sua vida.
A literacia financeira tem ganho um espaço importante nas escolas nos últimos anos. Desde 2013, com a implementação do referencial de educação financeira (REF), criado para orientar os professores no que diz respeito à educação financeira em contexto educativo e formativo.
A maior meta do referencial é saber se gerou impacto social, disse a Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Maria Amélia Miranda, nomeadamente se teve impacto na classificação da disciplina de matemática e se melhorou as competências de literacia financeira e o interesse. Em ambos os casos houve melhorias notáveis.
No entanto, desde 2013 que o mercado financeiro está em constante mutação e as preocupações viraram-se para atualização desse do mesmo, nomeadamente pela introdução e desenvolvimento do digital na área financeira.
"Os alunos têm que estar cientes dos perigos associados ao digital, como os pagamentos pela internet", refere a professora no agrupamento de escolas general Serpa Pinto em Cinfães, Maria Irene Ramos. Todos os jovens têm acesso à internet, informação, serviços e até a "fake news", o que faz com que seja uma obrigação da escola ensinar sobre estas matérias, completou o diretor-geral da direção-geral da educação, José Vítor Pedroso.
Em foco também esteve o regime opcional da disciplina. Esta é normalmente ensinada nas aulas de cidadania e desenvolvimento, mas já há uma coordenação entre os professores de outras disciplinas para abordarem esta temática nas suas aulas.
* Editado por Leonor Mateus Ferreira
O presidente do banco de Portugal, Mário Centeno, começou por sublinhar a importância que a literacia financeira tinha neste momento dado o contexto económico que vivemos, já que esta contrói cidadãos mais resilientes. O presidente do banco central português acrescentou que "as crises tendem a castigar os grupos que estão mais vulneráveis" e que com cidadãos mais instruídos nestas matérias se poderia criar "uma sociedade mais inclusiva e menos desigual".
A literacia financeira tem ganho um espaço importante nas escolas nos últimos anos. Desde 2013, com a implementação do referencial de educação financeira (REF), criado para orientar os professores no que diz respeito à educação financeira em contexto educativo e formativo.
A maior meta do referencial é saber se gerou impacto social, disse a Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Maria Amélia Miranda, nomeadamente se teve impacto na classificação da disciplina de matemática e se melhorou as competências de literacia financeira e o interesse. Em ambos os casos houve melhorias notáveis.
No entanto, desde 2013 que o mercado financeiro está em constante mutação e as preocupações viraram-se para atualização desse do mesmo, nomeadamente pela introdução e desenvolvimento do digital na área financeira.
"Os alunos têm que estar cientes dos perigos associados ao digital, como os pagamentos pela internet", refere a professora no agrupamento de escolas general Serpa Pinto em Cinfães, Maria Irene Ramos. Todos os jovens têm acesso à internet, informação, serviços e até a "fake news", o que faz com que seja uma obrigação da escola ensinar sobre estas matérias, completou o diretor-geral da direção-geral da educação, José Vítor Pedroso.
Em foco também esteve o regime opcional da disciplina. Esta é normalmente ensinada nas aulas de cidadania e desenvolvimento, mas já há uma coordenação entre os professores de outras disciplinas para abordarem esta temática nas suas aulas.
* Editado por Leonor Mateus Ferreira