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Aulas extraordinárias para alunos reprovados têm poucos resultados a Matemática

O prolongamento de aulas para os alunos do 4.º e 6.º ano sem aproveitamento no final do ano praticamente não produz resultados à disciplina de Matemática, tendo em conta os resultados obtidos no exame de 2.ª fase, hoje conhecidos.

Bruno Simão/Negócios
27 de Julho de 2015 às 21:23
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Os resultados divulgados hoje pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) demonstram que os alunos destes anos de escolaridade, que no final do ano prestam provas a Português e Matemática, se não obtém aproveitamento a Matemática ao longo do ano lectivo e no exame da 1.ª fase dificilmente serão os 15 dias de prolongamento de aulas e apoio escolar à disciplina previstos que vão permitir chegar a resultados positivos.

 

Segundo os dados do IAVE, dos alunos do 4.º ano que realizaram provas finais de Matemática na 2.ª fase, apenas 19% conseguiram, nesta que é a última oportunidade para transitarem de ano, melhorar resultados e obter aproveitamento à disciplina.

 

Um total de 293 alunos do 4.º ano, em 1.546 inscritos, realizou este ano a prova de Matemática na 2.ª fase com aproveitamento.

 

Já no que diz respeito ao 6.º ano, os resultados na 2.ª fase a Matemática são ainda mais limitados: em 6.944 alunos inscritos apenas 388 (5%) obtiveram aproveitamento. Ainda que em termos percentuais o nível de sucesso seja igual ao de 2014 (5%), havia este ano cerca de menos cinco mil alunos do 6.º ano inscritos para esta fase da prova final de Matemática.

 

Sobre os resultados, o IAVE adianta que para o 4.º ano a classificação média é inferior a 40% em todos os domínios avaliados. Para o 6.º ano a classificação média situa-se entre os 15% e os 31%.

 

Já a Português o período de prolongamento extraordinário de actividades para os alunos reprovados à disciplina nestes ciclos de ensino produz resultados mais expressivos: no 4.º ano 56% obteve aproveitamento, e no 6.º ano 60% dos inscritos chegaram a resultados positivos.

 

Ainda assim, a média global à disciplina na 2.ª fase é negativa para os dois anos em causa: 48,7% para o 4.º ano, e 49,8% para o 6.º ano, neste caso apenas a duas décimas dos 50%.

 

Face a 2014, os alunos do 6.º ano demonstraram conseguir retirar um maior aproveitamento deste período, uma vez que a taxa de aprovações subiu de 35% na 2.ª fase de 2014 para os 60% em 2015. No 4.º ano a subida foi dos 38% para os 56%.

 

No que diz respeito aos resultados, os alunos do 4.º ano demonstraram ser melhor a Educação Literária e Escrita, com estes dois domínios a registarem médias positivas nas classificações. Os do 6.º ano conseguiram média positiva em todos os domínios, excepto em Educação Literária (41%).

 

De acordo com os dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC) as provas finais do 1.º e 2.º ciclos foram realizadas em 1.400 escolas do continente, ilhas e estrangeiro (com currículo português) e foram corrigidas por 1.094 professores classificadores.

 

"O Ministério reforça a necessidade de serem tomadas as medidas de apoio adequadas e necessárias a partir do momento em que são detectadas as primeiras dificuldades dos alunos. Estas medidas devem proporcionar aos alunos um estudo mais intensivo e sustentado das disciplinas fundamentais, contribuir para colmatar as deficiências de aprendizagem e criar uma base mais sólida para o prosseguimento de estudos no ciclo seguinte", refere o MEC em comunicado.

 

As provas dos alunos destes anos de escolaridade são avaliadas de 0 a 100%, que se converte depois numa escala de 1 a 5, com a positiva mais baixa a corresponder ao nível 3, que se inicia nos 50%.

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