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Turismo nacional precisa de reequacionar a sua marca

O turismo nacional precisa de reequacionar a sua marca, para se posicionar de forma competitiva nos mercados nacionais, mas primeiro necessita de criar um produto eficaz que seja o suporte de uma estratégia única para o país. Estas foram algumas das concl

04 de Outubro de 2005 às 20:00
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O turismo nacional precisa de reequacionar a sua marca, para se posicionar de forma competitiva nos mercados internacionais, mas primeiro necessita de criar um produto eficaz que seja o suporte de uma estratégia única para o país. Estas foram algumas das conclusões retiradas da sessão de trabalho organizada pelo Icep, no âmbito do Portugal Marca, Reposicionar um País.

Para André Jordan, empresário ligado ao sector há mais de 30 anos, «Portugal não tem uma imagem» e na sua opinião terá que ganhar o seu espaço em áreas de nicho.

Durante o seu discurso de abertura, André Jordan afirmou que o segmento das segundas residências poderá também ser uma área de aposta, pois «se nos próximos 10 anos dobrarmos o número de proprietários estrangeiros, também teremos na economia portuguesa resultados altamente positivos». E esta seria uma forma de atrair «clientela média e média alta».

O empresário diz ainda que a utilização de individualidades com impacto no exterior seria também um instrumento fundamental para a imagem de Portugal. André Jordan deu o exemplo de «Saramago, Maria João Pires, Paula Rego, Sisa Vieira, Manuel de Oliveira, o Duque de Bragança e Luís Figo», no entanto já «José Mourinho e Cristiano Ronaldo, que contribuem para a popularidade do nome de Portugal e para a afirmação de que o português no estrangeiro não é só aquele humilde trabalhador, não são necessariamente atracções que motivem visitas ou investimentos no país».

Manuel Pinho, ministro da Economia e Inovação, referiu que a conjuntura interna do país não tem ajudado a definir uma estratégia. «Em Portugal, nos últimos oito anos, tivemos oito ministros da economia».

O governante corroborou a ideia dos empresários em alcançar uma «simplicidade sofisticada» e para isso prevê encontrar algumas soluções nas propostas avançadas nesta primeira sessão de trabalho, pois «há medidas que não requerem grandes orçamentos».

Criar um produto que «venda» Portugal no estrangeiro

O país necessita de criar um produto atractivo para que não perca a competitividade para congéneres, reflectindo-se no abrandamento das dormidas e nas receitas, uma vez que os preços também têm vindo a descer, essa é a convicção do hoteleiro Dionísio Pestana.

Segundo o presidente do Grupo Pestana, «Portugal tem um problema de produto e este é estrutural» e para haver uma alteração a nível da legislação, do licenciamento e do ordenamento.

Dionísio Pestana chega mesmo a dizer que «precisamos de criar valor de marca Portugal e ténis que ir pelo produto».

Já Francisco Calheiros, do Grupo ES Viagens, sublinhou que a estratégia para o turismo nem sempre foi coerente, pois se por um lado colocava este sector como estratégico por outro alguns mecanismos não promovem a competitividade, como os sistemas fiscais.

«Temos que criar uma marca à luz do que se faz lá fora, mas com uma visão a longo prazo envolvendo todos», acrescenta o mesmo responsável.

A próxima sessão será dedicada às empresas, onde o orador será Belmiro de Azevedo, tendo como comentadores José Pereira Miguel, José Miguel Júdice.

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