O défice comercial britânico ficou-se, em Dezembro de 2010, pelos 4,8 mil milhões de libras (5,7 mil milhões de euros), o maior valor nos últimos cinco anos, divulgou o serviço nacional de estatísticas do Reino Unido. Os economistas consultados pelo "The Guardian" defendem que a neve e os preços das matérias-primas podem ter prejudicado os números.

O sector dos serviços marcou um excedente, mas isso não foi suficiente para compensar o prejuízo no balanço em relação às mercadorias. A balança comercial sobre os serviços conseguiu um excedente de 4,4 mil milhões de libras (5,2 mil milhões de euros).

Já o défice comercial britânico sobre mercadorias passou de 8,5 mil milhões de libras para um máximo de 9,2 mil milhões de libras entre Novembro e Dezembro (correspondente a uma evolução de 10 mil milhões para 10,9 mil milhões de euros).

Os dados mostram o quão difícil tem sido para as empresas daquele país europeu lucrarem com a depreciação da libra. As exportações decresceram 0,1% enquanto as importações aumentaram 2%.

Vicky Redwood, da Capital Economics, refere ao “The Guardian” que “o sector externo não está a dar o apoio necessário à economia”, referindo a neve como uma causa para o desequilíbrio comercial.

Por sua vez, Howard Archer, da Global Insight, disse à mesma publicação que o preço das matérias-primas pode estar a impulsionar o valor total das importações.

Os países para os quais o Reino Unido mais exportou foram os EUA, a Alemanha, os Países Baixos, a França e a Irlanda. Pelo contrário, aqueles que mais importaram bens e serviços britânicos foram a Alemanha e a China.