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Senado absolve Trump que promete continuar: "o histórico movimento só agora começou"

O Senado decidiu, no segundo impeachment a Donald Trump, absolver o ex-presidente.

Lusa_EPA/reuters
13 de Fevereiro de 2021 às 20:52
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O senado votou o impeachment a Donald Trump pela segunda vez. Ainda conseguiu a votação este sábado, que resultou na sua absolvição. 57 votaram pela acusação e 43 pela absolvição. Precisava de dois terços para a acusação.

Donald Trump estava a ser julgado sobre o seu envolvimento na invasão ao Capitólio a 6 de janeiro e os senadores optaram por absolvê-lo.

Todos os 50 senadores democratas votaram pela condenação, aos quais se juntaram sete senadores republicanos: Richard Burr da Carolina do Norte, Bill Cassidy de Louisiana, Susan Collins do Maine, Lisa Murkowski do Alaska, Mitt Romney de Utah, Ben Sasse do Nebraska e Pat Toomey da Pensilvânia. Estes representantes acabaram, aliás, por ser saudados pelo líder democrata no Senado, no discurso final. "Saúdo os republicanos patriotas que fizeram o que era certo. E não foi fácil", declarou Chuck Schumer.

Houve outros republicanos a criticar as ações do ex-presidente, mas acabaram por não votar favoravelmente a condenação por entenderem não ser constitucional o procedimento a ex-presidentes. Aliás, esssa foi mesmo a explicação do líder republicano no Senado, Mitch McConnell (que votou pela absolvição), na declaração final. Ainda que a Câmara dos Representantes tenha iniciado o processo de impechment ainda Trump estava na presidência. O líder democrata no Senado Chuck Schumer apelou, então, a McConnell para que apoiasse uma sessão de emergência para iniciar o julgamento, o que foi recusado por McConnell, levando a que o caso começasse a ser analisado já Biden estava na Presidência. 

No final da sessão, já a absolvição tinha sido declarada, McConnell admitiu que Trump ainda pode ser indiciado criminalmente pelo seu alegado papel nos acontecimentos de 6 de janeiro.  McConnel disse mesmo que Trump cometeu um "abandono vergonhoso do dever" ao recusar intervir quando os seus apoiantes invadiam o Capitólio. "Não há dúvida, nenhuma, que o presidente Trump é, na prática e moralmente responsável por provocar os acontecimentos do dia", acrescentando que as manifestações tornaram-se violentas porque Trump disse aos apoiantes "uma série de mentiras" sobre as eleições.

Com este resultado, Trump fica com caminho livre para se candidatar a futuros cargos públicos, nomeadamente à Presidência em 2024. No entanto Schumer acredita que os norte-americanos não lhe vão dar essa carta branca. "Merece ser condenado, e eu acredito que será condenado no tribunal da opinião pública", continuando: "[Trump] merece ser permanentemente permanently desacreditado e acredito que ficou desacreditado aos olhos do povo americano e no julgamento histórico". 

Depois da votação, Trump já emitiu um comunicado, declarando que a verdade foi defendida, agradecendo aos senadores e congressistas que "com orgulho defenderam a Constituição". E deixou o aviso: "O nosso bonito, histórico e patriota movimento para 'Fazer a América Grande outra vez' só agora começou. Nos próximos meses, tenho muito para partilhar com vocês, e estou ansioso por continuar a nossa incrível jornada, juntos, para alcançar a grandeza americana para toda a nova gente. Nunca houve nada como isto". 
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