Wolfgang Schaeuble (na foto) disse hoje que os líderes europeus deveriam trabalhar no sentido de formarem uma “união política” que inclua a fiscalização da política orçamental, com o objectivo de assegurarem a vitalidade da moeda única.

“Temos de construir agora a união política que não conseguimos alcançar em 1990, e isso significa uma união orçamental”, disse Schaeuble na conferência do partido Democrático Cristão. O alemão acrescentou também que “demasiada liquidez global poderia conduzir a uma bolha”.

O ministro das Finanças germânico disse que não deve ser permitido ao Banco Central Europeu (BCE) financiar os países endividados, e que os governos deverão confiar no fundo de resgate europeu para agir enquanto mecanismo até que os países tenham os seus orçamentos sob controlo.

“Se queremos ter uma moeda única, temos de defendê-la”, disse Schaeuble. “É da nossa responsabilidade assegurar que a moeda única e a União Europeia continuam a ser uma união estável”.

Relativamente à Grécia, Schaeuble disse que “o país tem de decidir se consegue suportar os encargos” de continuar com o seu programa de ajustamento económico, ou não. “E se a Grécia estiver pronta para fazê-lo, nós iremos ajudá-la a ganhar o tempo necessário”, disse Schaeuble.

Também hoje no congresso do partido Democrático Cristão, Angela Merkel disse que “era hora de formar uma união política na Europa para enviar uma mensagem aos detentores de obrigações europeias de que as intenções dos líderes da Zona Euro são sérias relativamente a quererem terminar a crise da dívida soberana".

A chanceler alemã disse ainda que queria preservar o euro com todos os actuais estados membros. “Mas isso requer uma mudança fundamental em todo a nossa política”, acrescentou.