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Rússia exporta quase todo o petróleo para a China e para a Índia

Moscovo redirecionou a quase totalidade das exportações de petróleo para a China e para a Índia, que juntas compram 90% do crude que a Rússia vende ao exterior. Ministro diz que sanções do Ocidente só vieram acelerar processo em curso.

Após desvalorizar na semana passada, o crude inverteu agora o sentido.
Fabian Bimmer/Reuters
27 de Dezembro de 2023 às 11:09
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Quase todas as exportações de petróleo da Rússia ao longo deste ano seguiram para a China e para a Índia, afirmou o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, esta quarta-feira, depois de Moscovo ter respondido às sanções económicas do Ocidente desviando rapidamente os carregamentos para fora da Europa.

A Rússia contornou com sucesso as sanções que versam o petróleo e desviou os fluxos da Europa para a China e para a Índia, que juntos "consomem" aproximadamente 90% das exportações russas de crude, disse Novak, que tem a pasta da energia, ao canal de televisão estatal Rossiya-24, citado pela agência Reuters.

O governante afirmou que Moscovo já tinha começado a forjar laços com países da Ásia-Pacífico antes de o Ocidente impor sanções contra Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

"Relativamente a essas restrições e embargos sobre suprimentos para a Europa e para os Estados Unidos que foram introduzidas... só vieram acelerar o processo de redirecionar os nossos fluxos de energia", apontou.

Segundo Novak, o peso da Europa nas exportações russas desceu de 40-45% para 4-5%.

"Os principais parceiros atualmente são a China, cuja fatia cresceu para aproximadamente 45-50%, e, claro, a Índia. Antes, basicamente não existiam vendas para a Índia e, no intervalo de dois anos, o peso total subiu para 40%", especificou.

Falando sobre Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+), Novak declarou que a Rússia estava a cumprir as suas obrigações em matéria de redução de produção e apontou que prevê que o preço do barril de Brent (de referência para a Europa) ande entre os 80 e os 85 dólares no próximo ano, ou seja, em linha com os níveis atuais.

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