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Rússia de luto após ataque que matou 154 pessoas. Há onze detidos

Foi o maior atentado na Rússia em duas décadas. Novos vídeos confirmam autoria do Estado Islâmico.

REUTERS/Anton Vaganov
Marta Velho martavelho@negocios.pt 24 de Março de 2024 às 17:51
O número oficial de vítimas mortais do atentado terrorista que aconteceu na sexta-feira em Moscovo, na Rússia, está já nos 154. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, várias delas continuam ainda no hospital. Foi o maior ataque em solo russo em duas décadas e, este domingo, foi declarado pelas autoridades um dia de luto nacional, com as bandeiras a descerem a meia haste nos principais edifícios públicos.

Milhares de pessoas prestaram tributo junto à Câmara Municipal de Crocus, em Krasnogorsk, nos arredores de Moscovo, onde ocorreu o ataque. Por outro lado, as equipes de emergência locais continuam a procurar qualquer pessoa que possa ter ficado ferida ou morta dentro do complexo de entretenimento gravemente danificado.

O presidente Vladimir Putin adiantou que há 11 pessoas detidas, de entre as quais os quatro atiradores que entraram numa sala de concertos municipal durante um espetáculo do grupo rock Picnic. "Tentaram esconder-se e dirigiam-se para a Ucrânia, onde, de acordo com informações preliminares, estaria a ser preparada uma janela para que atravessassem a fronteira para o lado ucrâniano", indicou o líder russo num discurso à nação citado pela Reuters.

Kiev já veio refutar qualquer ligação ao atentado e, apesar de Putin ter tentado implicar a Ucrânia, o ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico. O Guardian indica que novos vídeos terão sido publicados pela Amaq, a agência de notícias do grupo terrorista, a mostrar homens armados a filmar-se a si próprios enquanto disparavam sobre os espetadores do concerto.

A Casa Branca afirmou que teria alertado, há cerca de um mês, as autoridades russas em relação a um potencial atentado terrorista. O comentário irritou Moscovo que frisou que os investigadores locais estariam a trabalhar nas suas próprias conclusões.

Apesar da tensão atual entre a Rússia e o Ocidente, vários líderes enviaram as suas condolências.

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