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Pedro Malan diz riscos na economia brasileira são «administráveis»

Pedro Malan, minstro da fazenda brasileiro, disse hoje que os riscos que a economia brasileira possui são «administráveis». Este executivo desvaloriza o impacto da crise da Argentina na economia...

07 de Maio de 2001 às 16:52
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Pedro Malan, minstro da fazenda brasileiro, disse hoje que os riscos que a economia brasileira possui são «administráveis». Este executivo desvaloriza o impacto da crise da Argentina na economia brasileira.

O ministro da fazenda brasileiro, em declarações na conferência «Brasil e Portugal: Uma aliança de negócios», revelou que, quer os riscos inerentes às incertezas no contexto internacional, quer os conflitos internos políticos, quer o risco de após 2002 da existência de uma nova conduta política, são «administráveis».

Recentemente, alguns empresários portugueses com investimentos no Brasil mostraram-se preocupados com os eventuais conflitos internos e a afectação da crise económica argentina na conjuntura actual brasileira. Pedro Malan, em conferência de imprensa, desvalorizou essas preocupações, mostrando-se confiante na capacidade de recuperação da economia argentina.

Para o minstro da fazenda brasileiro, a existência de uma «desaceleração significativa» no bloco Estados Unidos, União Europeia e Japão, representaria, no seu entender, uma preocupação para a economia brasileira, porque, no seu conjunto, estes países representam 70% do produto mundial.

Pedro Malan acrescentou ainda que os fundamentais da economia brasileira apresentam estabilidade, ao nível da área financeira, do alcance das metas de inflação e área fiscal.

Só em circunstâncias excepcionais é que o Governo brasileiro actuaria sobre a taxa de câmbio para diluir a influência da desvalorização do real.

Apesar da crise argentina, este responsável diz manter as estimativas de investimento em 2001 nos 23,5 mil milhões de dólares (26,36 mil milhões de euros ou 5,28 mil milhões de contos), o que corresponde a 85% do défice.

O ministro estima que o valor de investimento em 2001 represente 20% a 21% do PIB brasileiro. A meta do Governo liderado por Fernando Henrique Cardoso é de crescimento do PIB e da inflação na ordem dos 4%.

Relações Portugal-Brasil

Quanto às relações Portugal-Brasil, Pedro Malan diz que «é impressionante que Portugal em termos de fluxo seja o terceiro maior investidor no Brasil». Nesse âmbito, o ministro da fazenda adiantou que «estamos abertos ao diálogo e dispostos a contribuir para este desenvolvimento».

Este responsável referiu que «a aposta de longo prazo» que os dois Governos e os grupos económicos portugueses fizeram acabará por prevalecer no bom relacionamento entre Portugal e o Brasil.

Pedro Malan avançou ainda, quanto ao investimento directo estrangeiro do Brasil em Portugal, que «essas são decisões privadas», sublinhando no entanto «se fosse rico, estaria interessado em investir em Portugal».

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