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Pedro Reis: "Não vai haver défice em Portugal - isso é claríssimo"

Em contraciclo com o Banco de Portugal e o Conselho das Finanças Públicas, que veem o país de regresso aos défices, ministro da Economia expressa confiança.

Com as importações a caírem mais do que as exportações, o défice da balança comercial reduziu-se para 2.171 milhões de euros em setembro.
Mariline Alves
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"Não vai haver défice em Portugal - isso é claríssimo", afirmou, esta quinta-feira, o ministro da Economia, Pedro Reis, durante a conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros que aprovou um pacote de 10 mil milhões de euros para ajudar a mitigar os efeitos no tecido empresarial português das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

"Poder afirmar que não vai haver défice numa fase de volatilidade mundial, de instabilidade, quer dizer que algum trabalho de casa terá sido feito", declarou, depois de minutos antes ter admitido que "garantia de que não há défice ninguém pode dar".

"Não está em causa o défice, mas o quanto conseguimos mitigar para crescer mais ou um pouco menos - é só isto o desafio"

O Conselho das Finanças Públicas, recorde-se, previu esta quinta-feira um forte agravamento das contas públicas, antecipando já para 2026 um défice de 1% do PIB, em resultado do aumento da despesa permanente aumentada com medidas tomadas pelo Governo e pelo Parlamento ao longo desta última legislatura. Desde logo, as valorizações salariais de carreiras, mas também a descida de IRC e alargamento de IRS Jovem. Para os anos seguintes, a expctativa é de défices estabilzados nos 0,6% do PIB.

Mas estes números saem ainda mais agravados, nas contas do CFP com o aumento de despesa em Defesa em função dos compromissos assumidos com a NATO, que Montenegro entretanto avisou que irá antecipar caso PSD e CDS-PP voltem ao Governo após eleições, também no "briefing" após o Conselho de Ministros.

"Com responsabilidade e de forma gradual e sustentada, vamos antecipar a meta de atingirmos 2% do nosso PIB de investimento na área da Defesa que estava prevista até 2029. Vamos fazê-lo sem pôr em causa a capacidade do nosso Estado Social e a estabilidade das nossas contas públicas", afirmou o primeiro-ministro em gestão, sem adiantar uma nova data.

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