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Pedro Reis não comenta pressões dos EUA sobre empresas portuguesas
O ministro da Economia defendeu que "num mundo em que precisamos de pontes, não vou colaborar num registo que só nos afasta" para não comentar as pressões que estão a ser feitas sobre empresas portuguesas que vendem para os EUA para abandonarem programas de diversidade e inclusão.
O ministro da Economia, Pedro Reis, escusou-se esta quinta-feira a fazer comentários sobre as pressões que as empresas portuguesas que fornecem bens e serviços aos Estados Unidos estão a receber deste país para abandonarem programas de diversidade e inclusão.
"Num tempo em que no mundo precisamos de pontes, de investimento e não de tarifas, não vou colaborar num registo que só nos afasta", afirmou o governante na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros onde foi aprovado o programa Reforçar, no valor de 10 mil milhões de euros, para apoiar os setores mais afetados pelas tarifas da Administração Trump.
"A União Europeia e Portugal, este Governo e as empresas, o que precisam é de reatar relações e não pontos de discórdia", acrescentou Pedro Reis.
De acordo com o jornal Eco, a embaixada dos EUA em Portugal confirmou que na sequência de uma ordem executiva assinada por Donand Trump a atacar os DEI, programas de diversidade, equidade e inclusão, foram enviadas cartas neste sentido, ainda que não tenha avaçado quantas e quais empresas foram visadas.
"A embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a realizar uma revisão global padrão dos contratos, que se aplica a todos os fornecedores e beneficiários de subvenções do Governo dos EUA. Este processo inclui um pedido de certificação para garantir o cumprimento das leis norte-americanas antidiscriminação", respondeu ao mesmo jornal online.