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Natalidade volta a aumentar em Portugal

Até ao final de Outubro, o número de bebés subiu no distrito de Lisboa e recuou no Porto, com Braga a ultrapassar Setúbal no terceiro lugar. Valores continuam abaixo do necessário para a renovação de gerações.

Reuters
03 de Dezembro de 2018 às 10:36
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Depois da quebra registada em 2017, o número de nascimentos em Portugal voltou a aumentar este ano. Até Outubro já tinham nascido um total de 72.805 bebés no país, mais 1.320 do que em igual período do ano passado.

 

Lisboa (21.595) e Porto (13.048) continuam a ser, de longe, os distritos com mais fecundidade. No entanto, enquanto na zona da capital houve mais 725 registos no período em análise, na região da Invicta houve um decréscimo de 148 em relação aos primeiros dez meses de 2017.

 

Além do Porto, "apenas" Bragança, Évora, Setúbal e Coimbra viram nascer menos crianças, segundo os dados do Instituto Nacional Ricardo Jorge, com base no teste do pezinho feito à saída da maternidade, citados pelo JN esta segunda-feira, 3 de Dezembro. Nos restantes distritos portugueses houve uma recuperação.

 

A seguir a Lisboa, o maior crescimento em termos absolutos foi registado em Braga, que teve mais 148 nascimentos, para um total de 5.563. Este comportamento permitiu ao distrito minhoto superar o de Setúbal (5.439). O pior registo nacional aconteceu em Bragança (496), onde até Outubro só nasceram 1,6 crianças por dia.

 

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em termos médios, em 2017 cada mulher em Portugal tinha 1,37 filhos. Apesar de ficar muito abaixo do valor necessário para garantir a renovação de gerações (2,1), este número tem vindo a recuperar ligeiramente todos os anos desde 2013, quando o número médio de filhos por mulher era de 1,21.

 

Por outro lado, o mais recente Inquérito à Fecundidade, realizado pelo INE e pela Fundação Francisco Manuel do Santos, mostrou que, em média, os portugueses querem ter 2,31 filhos. Além dos rendimentos e da estabilidade no emprego, a dificuldade em conciliar a vida familiar e a  profissional e desigualdade de género na divisão das tarefas domésticas e nos cuidados com os filhos (ambos em desfavor da mulher) são outros entraves à natalidade.

Entre críticas à "cultura dominante de que quem sai à hora é mau trabalhador" e a promessa de reforço do investimento na rede de creches nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, em Setembro o ministro Vieira da Silva apontou o equilíbrio laboral como prioridade a seguir nas políticas públicas de promoção da natalidade, que ajudem a reduzir a diferença mostrada pelas estatísticas entre o número de filhos que os portugueses desejam ter e os que efectivamente acabam por nascer.

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