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Ministros das Finanças ponderam enviar comissário europeu para Atenas

Emissário europeu em "full time job" ficaria responsável por vigiar a execução orçamental, mas também por agilizar a execução dos fundos europeus destinados à promoção da actividade económica e do emprego.

01 de Março de 2012 às 13:37
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Os ministros das Finanças estão reunidos em Bruxelas, em antecipação da cimeira europeia que arranca ao fim da tarde, para tentar limar mais algumas (afiadas) arestas em torno do segundo programa de assistência à Grécia, que, à partida, envolverá um novo empréstimo da UE e do FMI de 130 mil milhões de euros, no pressuposto de que os bancos vão perdoar pelo menos 107 mil milhões de euros aos 370 mil milhões a que ascenderá actualmente a dívida pública grega.

Em discussão está o modelo de acompanhamento da execução deste segundo programa para assegurar que o prometido por Atenas será cumprido de forma mais escrupulosa e expedita do que no passado, sobretudo tendo em conta que haverá eleições, possivelmente já em Abril.

Neste contexto, vários países, em particular Alemanha, Holanda, Finlândia e Luxemburgo, defendem o envio de um comissário europeu para Atenas, não apenas para policiar a execução orçamental (o que seria muito dificilmente aceite, a começar pela própria Grécia), mas também para ajudar as autoridades gregas a absorver os fundos estruturais que lhe foram alocados e que continuam amplamente por executar.

À chegada a Bruxelas, Luc Frieden, ministro das Finanças luxemburguês, confirmou que o assunto seria debatido no encontro e a sua anuência, no pressuposto de que seja um comissário igualmente do "crescimento".

Já o ministro alemão precisou que é preciso esperar pelos resultados da operação de troca de títulos de dívida que está em curso, mediante a qual os bancos privados assumirão o "perdão parcial", para finalizar o segundo empréstimo. O tempo urge, já que existe o risco de a Grécia resvalar para uma situação de bancarrota no dia 20, data em que se vence um empréstimo obrigacionista de 14,5 mil milhões de euros que Atenas não tem como pagar.

Confrontado com o facto de ter abertamente admitido que este segundo pacote possa não bastar para repor a Grécia numa trajectória de endividamento sustentável, Wolfgang Schäuble considerou, no entanto, “prematuro” falar sobre um terceiro programa de financiamento.

Schauble também recusou responder ao pedido de flexibilização da meta do défice espanhol para este ano, dizendo que o foco da reunião de hoje vai ser a Grécia.

Na semana passada, o primeiro-ministro Mariano Rajoy, disse que iria pedir metas mais flexíveis para o défice, argumentando que seria “suicídio” passar de um défice orçamental de 8,4% do PIB em 2011 (bem acima dos 6% prometidos pelo anterior governo Zapatero) para 4,4% este ano. Bruxelas quer, porém, todos os números sobre a mesa, correndo a suspeita de que o défice de 2011 tenha sido artificialmente inflacionado para aumentar a margem de manobra neste ano de eleições regionais.
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