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Ministro da Administração Interna anuncia sete detenções por crime de desobediência

Medidas inerentes ao estado de emergência entraram em vigor este domingo. "Verificaram-se sete detenções, um caso foi particularmente grave", disse Eduardo Cabrita. 

Lusa
22 de Março de 2020 às 21:03
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O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou este domingo numa comunicação ao País que foram feitas sete detenções por crime de desobediência, durante o Estado de Emergência.

"Verificaram-se sete detenções, um caso foi particularmente grave", disse Eduardo Cabrita em conferência de imprensa após a primeira reunião da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência.

 

Uma das detenções "foi um caso particularmente grave de violação do dever de confinamento", enquanto os restantes seis casos "deveram-se a situações de incumprimento das indicações das forças de segurança relativamente a comportamentos ou relativamente a situações de circulação ou de prática de ajuntamentos não admissíveis", concretizou Eduardo Cabrita.


No entanto, o ministro destacou o "espírito de responsabilidade" e "civismo" que os portugueses manifestaram ao "aplicarem as restições ao direito de circulação".

Questionado sobre como é que será feita a articulação da informação sobre as pessoas em quarentena obrigatória, nomeadamente infetados ou grupos de risco, o ministro esclareceu que "as autoridades locais de saúde entrarão em contacto com as forças e segurança a nível local, dando indicação onde é que existem pessoas sujeitas a um dever de confinamento".


"Foi aliás isso que permitiu já hoje o caso, felizmente único, na cidade do Porto", adiantou, referindo-se à pessoa que foi detida por ter violado o dever de confinamento.


Sublinhou ainda que foi pontualmente necessária a intervenção das forças policiais, particularmente na Póvoa de Varzim e em Esposende. O ministro da Administração Interna explicou igualmente que estão a ser tomadas medidas preventivas para evitar um surto entre agentes das forças de segurança.

Eduardo Cabrita revelou também que os passageiros estrangeiros, a bordo do navio de cruzeiro que chegou esta manhã a Santa Apolónia, em Lisboa, vão ser transportados de autocarro, sob escolta policial, para o terminal 2 do aeroporto de Lisboa.

A Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, à qual preside o ministro da Administração Interna, irá voltar a reunir-se na terça-feira. Até lá, fica em "funcionamento permanente em rede".

* com Lusa

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