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Marine Le Pen dá sinal positivo a novo primeiro-ministro de França
"O método parece mais positivo, agora é preciso esperar que seja útil", disse Marine Le Pen à saída da reunião com Bayrou no Palácio Matignon, sede do Governo, mostrando-se relativamente satisfeita por ter sido recebida pelo novo primeiro-ministro.
16 de Dezembro de 2024 às 13:18
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, admitiu hoje que o método apresentado pelo novo primeiro-ministro, François Bayrou, parece "mais positivo" do que o do anterior chefe de Governo, Michel Barnier.
"O método parece mais positivo, agora é preciso esperar que seja útil", disse Marine Le Pen à saída da reunião com Bayrou no Palácio Matignon, sede do Governo, mostrando-se relativamente satisfeita por ter sido recebida pelo novo primeiro-ministro, juntamente com o presidente do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), Jordan Bardella.
A líder da extrema-direita aludiu à moção de censura que o seu partido RN votou juntamente com a coligação de esquerda Nova Frente Popular e que serviu para forçar a demissão em 04 de dezembro do conservador Barnier, que estava no cargo há apenas três meses.
Marine Le Pen, três vezes candidata presidencial (2012, 2017 e 2022), justificou a sua decisão por se sentir ignorada por Michel Barnier, afirmando que em todo o caso, tem "experiência suficiente" para se contentar com "apenas uma conversa" com o centrista Bayrou.
A presidente do RN na Assembleia Nacional recordou ainda as suas reivindicações: defesa do poder de compra, controlo da imigração, "a grave crise de segurança" e uma mudança do sistema eleitoral, do atual sistema maioritário para um sistema proporcional, que, segundo Le Pen, refletiria mais fielmente no número de deputados eleitos.
O RN, líder em número de votos nas últimas eleições legislativas de julho, com quase 11 milhões na segunda volta, obteve 123 deputados, longe dos 193 da aliança de esquerda, que teve 7,2 milhões.
"Sabemos que o primeiro-ministro (Bayrou) é a favor do sistema proporcional. Este é um tema que deve ser prioritário após o Orçamento, para permitir que todos os franceses estejam representados", defendeu Le Pen.
Durante o encontro com Bayrou, Marine Le Pen disse ainda ter "manifestado reservas" em relação a "um certo número de personalidades", cujos nomes estavam a ser discutidos para fazer parte do Governo, sem nomear ninguém especificamente.
Depois de receber Marine Le Pen, Bayrou reúne-se com o líder do partido macronista Renascença e anterior primeiro-ministro (de janeiro a setembro) Gabriel Attal, e com os líderes socialistas e republicanos.
A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), força maioritária no NFP e a terceira maior em número de deputados na Assembleia Nacional, recusou, para já, reunir-se com o novo primeiro-ministro nomeado na sexta-feira pelo Presidente Emmanuel Macron.
O chefe de Governo precisa do apoio expresso ou tácito da maioria dos partidos na Assembleia Nacional para encerrar a crise política agravada pela queda do Governo de Barnier devido à moção de censura aprovada pela esquerda e pelo RN, que coincidiu em desaprovar o projeto de Orçamento para 2025.
Com isto, ficaram em suspenso uma série de medidas fiscais importantes para a classe média, a redução do défice (6,1% do produto interno bruto (PIB) em 2024) e da dívida (112% do PIB), que deverão ser as principais prioridades do futuro Governo.
Num momento de desconfiança internacional em que a agência de notação Moody's acaba de baixar um nível a dívida soberana francesa, François Bayrou tentará encaixar as peças do 'puzzle' parlamentar enquanto define a composição do seu Executivo.
Até ao momento, o Matignon confirmou apenas que Nicolas Pernot, especialista em administração local e anteriormente diretor-geral dos Serviços da região Grand-Est, foi nomeado diretor do gabinete de François Bayrou.
"O método parece mais positivo, agora é preciso esperar que seja útil", disse Marine Le Pen à saída da reunião com Bayrou no Palácio Matignon, sede do Governo, mostrando-se relativamente satisfeita por ter sido recebida pelo novo primeiro-ministro, juntamente com o presidente do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), Jordan Bardella.
Marine Le Pen, três vezes candidata presidencial (2012, 2017 e 2022), justificou a sua decisão por se sentir ignorada por Michel Barnier, afirmando que em todo o caso, tem "experiência suficiente" para se contentar com "apenas uma conversa" com o centrista Bayrou.
A presidente do RN na Assembleia Nacional recordou ainda as suas reivindicações: defesa do poder de compra, controlo da imigração, "a grave crise de segurança" e uma mudança do sistema eleitoral, do atual sistema maioritário para um sistema proporcional, que, segundo Le Pen, refletiria mais fielmente no número de deputados eleitos.
O RN, líder em número de votos nas últimas eleições legislativas de julho, com quase 11 milhões na segunda volta, obteve 123 deputados, longe dos 193 da aliança de esquerda, que teve 7,2 milhões.
"Sabemos que o primeiro-ministro (Bayrou) é a favor do sistema proporcional. Este é um tema que deve ser prioritário após o Orçamento, para permitir que todos os franceses estejam representados", defendeu Le Pen.
Durante o encontro com Bayrou, Marine Le Pen disse ainda ter "manifestado reservas" em relação a "um certo número de personalidades", cujos nomes estavam a ser discutidos para fazer parte do Governo, sem nomear ninguém especificamente.
Depois de receber Marine Le Pen, Bayrou reúne-se com o líder do partido macronista Renascença e anterior primeiro-ministro (de janeiro a setembro) Gabriel Attal, e com os líderes socialistas e republicanos.
A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), força maioritária no NFP e a terceira maior em número de deputados na Assembleia Nacional, recusou, para já, reunir-se com o novo primeiro-ministro nomeado na sexta-feira pelo Presidente Emmanuel Macron.
O chefe de Governo precisa do apoio expresso ou tácito da maioria dos partidos na Assembleia Nacional para encerrar a crise política agravada pela queda do Governo de Barnier devido à moção de censura aprovada pela esquerda e pelo RN, que coincidiu em desaprovar o projeto de Orçamento para 2025.
Com isto, ficaram em suspenso uma série de medidas fiscais importantes para a classe média, a redução do défice (6,1% do produto interno bruto (PIB) em 2024) e da dívida (112% do PIB), que deverão ser as principais prioridades do futuro Governo.
Num momento de desconfiança internacional em que a agência de notação Moody's acaba de baixar um nível a dívida soberana francesa, François Bayrou tentará encaixar as peças do 'puzzle' parlamentar enquanto define a composição do seu Executivo.
Até ao momento, o Matignon confirmou apenas que Nicolas Pernot, especialista em administração local e anteriormente diretor-geral dos Serviços da região Grand-Est, foi nomeado diretor do gabinete de François Bayrou.