O metropolitano pode até chegar um dia a Gondomar, mas nunca através do traçado nem provavelmente com a dimensão do aprovado pela Empresa Metro do Porto.

«A existir uma linha para Gondomar, esta poderá não ter o traçado que tem vindo a ser divulgado», adiantou, em declarações ao Jornal de Negócios Online, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

De acordo com o estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em que é analisado as prioridades e as necessidades de transporte na Área Metropolitano do Porto, «deverão ser analisados traçados alternativos ao que estava em questão. Porque, de acordo com as conclusões desse relatório preliminar, não é o traçado que melhor serviria a população de Gondomar», explicou Ana Paula Vitorino.

«Independentemente, e antes da análise da viabilidade económico-financeira daquela linha, é necessário analisar outras alternativas de traçado que sirvam melhor as populações, ou seja, que estejam mais próximas dos núcleos urbanos de maior densidade», frisou.

A extensão do metro a Gondomar corre mesmo o risco de ficar de fora da segunda fase de expansão do metro do Porto. A secretária de Estado dos Transportes não o admitiu directamente, mas acabou por, ao generalizar as condições que irão determinar a expansão do projecto, considerar tal desfecho como uma questão em aberto.

«Se for um traçado que hoje esteja bem servido por autocarros, enfim, que exista um grande grau de satisfação, não será com certeza um investimento prioritário fazer uma linha de metro», concluiu a governante, em declarações prestadas no final da cerimónia de assinatura do fornecimento de 80 autocarros a gás natural à STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto), que decorreu no final desta manhã no Porto.