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Índia deve destronar China como país mais populoso já no próximo ano

Estimativas divulgadas pela ONU por ocasião do Dia da População Mundial, indicam que número de habitantes do planeta Terra deve atingir 8 mil milhões antes do final do ano.

LUSA-EPA
11 de Julho de 2022 às 13:53
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A Índia está no caminho para destronar a China como país mais populoso do mundo em 2023, revela um relatório publicado, esta segunda-feira, pelas Nações Unidas, alertando que a elevada taxa de fecundidade pode desafiar o crescimento económico.

Cada um dos gigantes asiáticos conta com sensivelmente 1,4 mil milhões de habitantes, pelo que os dois, juntos, representam atualmente mais de um terço (36%) do total de seres humanos que habita à face do planeta Terra.

A Índia contava em 2011 com 1,21 mil milhões de habitantes, de acordo com os censos realizados há uma década no país. Nova contagem estava prevista para 2021, mas foi adiada pelo governo de Nova Deli devido à pandemia de covid-19. 

A população mundial, que se estima que alcance 8 mil milhões em meados de novembro, pode aumentar até 8,5 mil milhões em 2030 e ascender a 10,4 mil milhões em 2100, à medida que o ritmo da mortalidade diminui, antecipa a ONU, no documento divulgado pelo Dia Mundial da População.

Não obstante, tem crescido ao ritmo mais lento desde 1950, ficando abaixo de 1% em 2020, segundo estimativas da ONU, indica a Reuters.


Segundo os mesmos dados, a taxa média de fecundidade da população mundial foi de 2,3 filhos por mulher no ano passado, contra 5 em 1950. As projeções apontam, aliás, que deve continuar a recuar para 2,1 partos em 2050.

"Esta é uma altura para lembrar a nossa diversidade, reconhecer a nossa humanidade comum e para nos maravilharmos com os progressos na área da saúde que permitiram alargar os ciclos da vida e reduzir drasticamente as taxas de mortalidade materna e infantil", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, citado em comunicado.

Ainda assim, a crescente população é um lembrete da responsabilidade partilhada de cuidar do planeta e de "refletir uns com os outros sobre os compromissos em que ainda estamos aquém", reforçou.

Fazendo referência a um relatório anterior da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estimava o número de óbitos relacionados com a covid-19 em 14,9 milhões entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, o documento da ONU indica que a esperança média de vida à nascença caiu para 71 anos no ano passado - contra 72,8 anos em 2019 - devido sobretudo à pandemia.

Segundo as Nações Unidas, mais de metade do aumento projectado da população mundial até 2050 vai estar concentrado em oito países. A saber: Congo, Egipto, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.

Por outro lado, antecipa-se que a população em 61 países sofra uma diminuição de 1% ou mais entre 2022 e 2050 devido a uma queda na fertilidade.

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