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Guerra das tarifas faz Goldman Sachs rever em baixa economia da China

A instituição baixou a previsão de crescimento da economia do país asiático em 2025 de 4,5% para 4%, e reduziu também a sua previsão para 2026 em 0,5%, de 4% para 3,5%.

Mark Schiefelbein/AP
10 de Abril de 2025 às 09:45
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O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs reviu hoje em baixa as previsões de crescimento da economia chinesa em 2025 e 2026, para 4% e 3,5%, respetivamente, face à guerra tarifária desencadeada entre Pequim e Washington.

A instituição baixou a previsão de crescimento da economia do país asiático em 2025 de 4,5% para 4%, e reduziu também a sua previsão para 2026 em 0,5%, de 4% para 3,5%.

"O aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos chineses terá um impacto significativo na economia e no mercado de trabalho chineses", afirmou o banco de investimento.

O banco esclareceu que eventuais novos aumentos tarifários terão um "impacto marginal", devido às elevadas taxas já em vigor.

O novo aumento das taxas de 34% para 84% sobre os produtos provenientes dos Estados Unidos que chegam à China entrou em vigor ao meio-dia hoje, na hora local (05:00, em Lisboa).

O aumento surge em resposta à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira por Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.

Na sequência do anúncio de Pequim, na quarta-feira, Trump voltou a aumentar as tarifas sobre a China para 125% com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das tarifas anunciadas a 02 de abril aos restantes países do mundo.

A China ainda não anunciou a sua reação a este novo aumento.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo escalou rapidamente, numa altura de grande volatilidade nos mercados e de crescentes apelos internacionais à contenção.

A China tem insistido que não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de a enfrentar "se necessário".

No mês passado, o Governo chinês estabeleceu um objetivo de crescimento de "cerca de 5%" pelo terceiro ano consecutivo.

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