Henrique Freitas, actual deputado do PSD e ex-governante dos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes, será nomeado conselheiro da Missão Permanente de Portugal junto da Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, (UNESC0), em Paris, apurou o Jornal de Negócios Online.

Em despacho publicado ontem em Diário da República, assinado por José Sócrates e pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, por intermédio do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o Governo aprovou «uma medida de descongelamento excepcional, desbloqueando um lugar indispensável» tendo em vista o «reforço da missão diplomática» portuguesa na UNESCO.

Um cargo que o Jornal de Negócios Online está em condições de avançar que será ocupado pelo social-democrata Henrique Freitas, cuja nomeação será da responsabilidade do chefe da diplomacia portuguesa, Freitas do Amaral.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros não confirma o nome do ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação. Mas o Jornal de Negócios sabe que a nomeação deverá ser acertada na próxima semana depois de Diogo Freitas do Amaral regressar de Nova Iorque, onde participou na 60ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Aliás, Henrique Freitas também recusou confirmar a sua nomeação mas garantiu que tem «uma conversa agendada com o ministro português dos Negócios Estrangeiros» quando este regressar dos Estados Unidos. Só depois de conversar com Freitas do Amaral é que o antigo secretário de Estado da Defesa e Antigos combatentes do Governo de Durão Barroso se disponibilizará para prestar mais declarações.

No mesmo diploma divulgado ontem, o Executivo justifica que «no domínio da diplomacia cultural, verifica-se actualmente a necessidade de incrementar a participação portuguesa na UNESCO», organização a cujo conselho executivo Portugal apresentou recentemente candidatura. Neste particular, soma-se o facto de Ana Paula Zacarias estar de saída da mesma missão em Paris, aguardando a resolução de detalhes burocráticos para assumir funções na embaixada de Portugal em Talin, capital da Estónia. Uma situação que agrava o carácter de urgência da definição do lugar  de conselheiro na Missão Permanente junto da UNESCO.