Notícia
Fidel anuncia a "morte" do modelo cubano
Fidel Castro, ex-presidente cubano e pai da revolução cubana revelou que o modelo cubano "já não serve para os cubanos", quanto mais para exportação.
09 de Setembro de 2010 às 17:12
A revelação foi feita a Jeffrey Goldberg, jornalista da revista “The Atlantic” que a convite do ex-presidente cubano (substituído pelo seu irmão Raul Castro devido a problemas de saúde) tem conduzido uma série de entrevistas “mascaradas” de conversas informais à mesa.
Numa dessas conversas, quando questionado se o modelo cubano ainda era algo que valeria a pena exportar, Fidel Castro respondeu de forma surpreendente: “O modelo cubano já nem funciona connosco”, afirmou.
Perante tal afirmação Goldberg indagou junto de Julia Sweig (especialista em América Latina no Council on Foreign Relations que acompanhou Goldberg) qual seria o significado da mesma. Para Sweig, Fidel, com aquela afirmação “não estava a rejeitar os ideais da revolução cubana, mas sim a reconhecer que, segundo o modelo cubano, o Estado tem um papel demasiado grande na vida económica do país”.
A analista adiantou ainda que este sentimento revelado por Fiel Castro poderia significar a criação de espaço de manobra para que o seu irmão e actual presidente cubano, Raul Castro, implementasse as medidas necessárias para o país, num exercício de distanciamento dos comunistas ortodoxos do partido.
Raul Castro já está, de facto, a diminuir o peso do Estado na economia, designadamente através da autorização às pequenas empresas de operarem no país, e da permissão dada aos investidores de comprarem bens imóveis do Estado.
Numa dessas conversas, quando questionado se o modelo cubano ainda era algo que valeria a pena exportar, Fidel Castro respondeu de forma surpreendente: “O modelo cubano já nem funciona connosco”, afirmou.
A analista adiantou ainda que este sentimento revelado por Fiel Castro poderia significar a criação de espaço de manobra para que o seu irmão e actual presidente cubano, Raul Castro, implementasse as medidas necessárias para o país, num exercício de distanciamento dos comunistas ortodoxos do partido.
Raul Castro já está, de facto, a diminuir o peso do Estado na economia, designadamente através da autorização às pequenas empresas de operarem no país, e da permissão dada aos investidores de comprarem bens imóveis do Estado.