Notícia
Ex-diretor da Saúde do Brasil autorizou contrato 1.800% mais caro
Roberto Dias, que era responsável de logística do Ministério da Saúde brasileiro, aceitou aumentar o valor de um contrato milionário com a empresa VTCLOG, pedindo suborno de um real por cada dose de vacina da AstraZeneca.
09 de Julho de 2021 às 07:17
O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde brasileiro Roberto Dias, investigado por alegado pedido de suborno em negociação de vacinas, autorizou um contrato 1.800% mais caro do que o recomendado por técnicos, noticiou O Globo.
Há documentos que mostram que, na gestão de Roberto Dias, o Departamento de Logística ignorou um parecer técnico emitido por especialistas do Ministério da Saúde e aceitou aumentar o valor de um contrato milionário com a empresa VTCLOG, para receber e organizar medicamentos.
Segundo os técnicos, a remuneração correta era de um milhão de reais (160 mil euros), enquanto a empresa defendia que, pelo contrato, o valor correto seria de 57 milhões de reais (9,15 milhões de euros).
O impasse só foi resolvido com a participação de Roberto Dias, que foi exonerado do cargo no final do mês passado, após a revelação de que teria pedido suborno de um real por cada dose de vacina da AstraZeneca comprada pelo Ministério da Saúde brasileiro.
De acordo com o Globo, Dias concordou com uma contraproposta da empresa, que sugeriu um acordo de pagamento de 18 milhões de reais (2,89 milhões de euros), valor inferior ao que a empresa queria inicialmente, mas ainda assim 1.800% superior à quantia que os técnicos do Ministério defendiam.
A consultoria jurídica do Ministério da Saúde questionou a negociação e pontuou que a proposta da empresa poderia ser desvantajosa para a administração pública, podendo até mesmo caracterizar-se como "sobrepreço de mais de 17 milhões de reais".
Nesse sentido, recomendou que se avaliassem outras alternativas, inclusive a de rescisão contratual com a realização de novo concurso para licitação.
Apesar das recomendações, a direção de Roberto Dias emitiu pareceres a concordar com os cálculos da VTCLOG e deu aval à proposta da companhia.
Na quarta-feira, o presidente da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) da pandemia, que investiga alegadas falhas do Governo na gestão da covid-19, mandou deter Roberto Dias sob a acusação de mentir em depoimento.
Esta foi a primeira detenção determinada pela CPI da pandemia, instalada no Senado brasileiro em 27 de abril.
Roberto Dias foi convocado a depor na CPI sobre as acusações de que teria pedido suborno de um real por cada dose de vacina da AstraZeneca comprada pelo Ministério da Saúde brasileiro e que teria pressionado um funcionário a agilizar a aquisição do imunizante indiano Covaxin.
Já na quinta-feira, Dias pagou a fiança e foi libertado.
O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia, totaliza 530.179 mortes e mais de 18,9 milhões de casos positivos de covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.004.996 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
Há documentos que mostram que, na gestão de Roberto Dias, o Departamento de Logística ignorou um parecer técnico emitido por especialistas do Ministério da Saúde e aceitou aumentar o valor de um contrato milionário com a empresa VTCLOG, para receber e organizar medicamentos.
O impasse só foi resolvido com a participação de Roberto Dias, que foi exonerado do cargo no final do mês passado, após a revelação de que teria pedido suborno de um real por cada dose de vacina da AstraZeneca comprada pelo Ministério da Saúde brasileiro.
De acordo com o Globo, Dias concordou com uma contraproposta da empresa, que sugeriu um acordo de pagamento de 18 milhões de reais (2,89 milhões de euros), valor inferior ao que a empresa queria inicialmente, mas ainda assim 1.800% superior à quantia que os técnicos do Ministério defendiam.
A consultoria jurídica do Ministério da Saúde questionou a negociação e pontuou que a proposta da empresa poderia ser desvantajosa para a administração pública, podendo até mesmo caracterizar-se como "sobrepreço de mais de 17 milhões de reais".
Nesse sentido, recomendou que se avaliassem outras alternativas, inclusive a de rescisão contratual com a realização de novo concurso para licitação.
Apesar das recomendações, a direção de Roberto Dias emitiu pareceres a concordar com os cálculos da VTCLOG e deu aval à proposta da companhia.
Na quarta-feira, o presidente da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) da pandemia, que investiga alegadas falhas do Governo na gestão da covid-19, mandou deter Roberto Dias sob a acusação de mentir em depoimento.
Esta foi a primeira detenção determinada pela CPI da pandemia, instalada no Senado brasileiro em 27 de abril.
Roberto Dias foi convocado a depor na CPI sobre as acusações de que teria pedido suborno de um real por cada dose de vacina da AstraZeneca comprada pelo Ministério da Saúde brasileiro e que teria pressionado um funcionário a agilizar a aquisição do imunizante indiano Covaxin.
Já na quinta-feira, Dias pagou a fiança e foi libertado.
O Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia, totaliza 530.179 mortes e mais de 18,9 milhões de casos positivos de covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.004.996 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.