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Espanha tem 30% de probabilidade de entrar em recessão
A Espanha enfrenta uma probabilidade de 30% de entrar em recessão nos próximos dois anos, penalizada pela crise global do mercado de crédito que acentuou a “depressão” do sector imobiliário, de acordo com uma sondagem de economistas consultados pela agênc
A Espanha enfrenta uma probabilidade de 30% de entrar em recessão nos próximos dois anos, penalizada pela crise global do mercado de crédito que acentuou a "depressão" do sector imobiliário, de acordo com uma sondagem de economistas consultados pela agência Bloomberg.
30% é a probabilidade média de recessão com base nas respostas dos 17 economistas à agência de notícias. A mesma pesquisa demonstrou que uma contracção começará provavelmente no último trimestre deste ano.
Nos primeiros três meses do ano, a economia espanhola avançou ao ritmo mais lento em cerca de oito anos, depois de a crise global no mercado de crédito ter acentuado a "depressão" do sector imobiliário nacional. A economia do país vizinho cresceu 0,3% no primeiro trimestre de 2008, o que compara com um avanço de 0,8% no trimestre anterior.
As estimativas do governo espanhol apontam para uma expansão de 2,3% em 2008, o crescimento mais baixo desde a última recessão do país em 1993.
"A economia espanhola entrou num período de ajustamento", adiantou Miguel Ordonez, governador do Banco de Espanha. Citado pela agência Bloomberg, o mesmo responsável acrescentou que "vamos precisar de ter menos procura doméstica e compensar com procura externa", sublinhando que é de "praticamente zero" a hipótese de a Espanha entrar uma recsessão.
Uma recessão em Espanha "teria um impacto significativo na Zona Euro", referiu Ralph Solveen, economista no Commerzbank, citado pela agência Bloomberg.
Relativamente a outros países da região, a Itália, a terceira maior economia, está já "à beira" de uma recessão e o Reino Unido, o maior exportador da Zona Euro, regista a mais lenta expansão desde 1992. A economia europeia tem sido afectada pelas dificuldades na concessão de crédito, pelos elevados preços das matérias-primas e pela valorização da moeda europeia.