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Delegado da CNE na Madeira anuncia que vai renunciar ao cargo

O delegado da Comissão Nacional de Eleições na Madeira, Paulo Barreto, anunciou hoje que vai renunciar ao cargo e afirmou ter recebido ao longo do dia cerca de três dezenas de queixas relacionadas com situações ilegais nas eleições regionais.

09 de Outubro de 2011 às 20:31
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“Digo que este é o último acto eleitoral que faço enquanto delegado da CNE. Amanhã apresentarei a minha renúncia porque entendo duas coisas: primeiro, que a minha profissão é juiz e isto tudo desgasta. Segundo, porque é importante dar lugar a outro com ideias novas, estilo diferente”, anunciou Paulo Barreto, em declarações à Lusa.
Segundo Paulo Barreto, “é muito importante em democracia que não se pessoalize o cargo e a pessoa”.

“Estive aqui quatro anos e dei o máximo que pude, certamente com imperfeições, mas agora vou dar lugar a outro”, frisou.

Relativamente às queixas, o delegado da CNE salientou que “elas incidiram sobretudo sobre dois grandes blocos ou situações: primeiro, o transporte ilegal de votantes e, por outro lado, a presença em assembleias de voto de membros de juntas de freguesia que não podiam lá estar e estariam ali para de certo modo condicionar o voto”.

Acrescentou que estes casos se registaram em “diversas mesas e freguesias da Madeira”, sobretudo nos concelhos do Funchal, Calheta, Machico, S.Vicente, Santa Cruz, Santana e Porto Moniz.

“Em 2007, comparando com outras eleições regionais, a CNE registou “muitas mais queixas de mais situações diferentes, enquanto que hoje se centraram sobretudo nestas duas grandes questões”, referiu.

Paulo Barreto declarou que é delegado da CNE na Madeira desde 2007 e sempre se recusou a comentar o que “tenha sido dito por qualquer político, seja coisa boa ou negativa” sobre a sua pessoa ou o exercício do cargo, rejeitando reagir a criticas do cabeça de lista do PSD-M, Alberto João Jardim.

Após exercer o seu dever cívico, Jardim declarou ser “anormal haver uma Comissão Nacional de Eleições que só serve para gastar dinheiro aos contribuintes", afirmando: “o que a Comissão Nacional de Eleições considera para mim vale absolutamente zero".

Hoje na Região Autónoma da Madeira, 256.481 cidadãos, mais 25.851 pessoas que no último sufrágio regional de 2007, foram chamados para com o seu voto escolher uma nova composição para a Assembleia Legislativa, num total de 47 deputados.

Os eleitores escolheram os seus representantes entre nove forças políticas que concorreram a este sufrágio.

Além das sete tiveram representação parlamentar na legislatura que terminou – PSD, PS, CDU, CDS-PP, BE, MTP e PND - concorrem ainda pela primeira vez neste sufrágio o Partido Trabalhista Português (PTP) e o Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN).
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