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Cotec Europa defende maior abertura aos mercados dos BRIC

As três Cotec europeias, que reunem delegações de Portugal, Espanha e Itália, defenderam hoje a necessidade de a Europa abrir mais as portas e os mercados aos países designados por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

27 de Junho de 2008 às 19:27
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As três Cotec europeias, que reunem delegações de Portugal, Espanha e Itália, defenderam hoje a necessidade de a Europa “abrir mais as portas e os mercados” aos países designados por “BRIC” (Brasil, Rússia, Índia e China).

A Cotec Europa, que promove a inovação a partir do sector privado dos três países, considera que “o proteccionismo é uma resposta errada”. “Onde passam as mercadorias, não passam exércitos”, disse hoje em Napóles, durante o quarto encontro da Cotec Europa, o vice-presidente da Fiat, John Elkann.

O responsável da empresa italiana foi o redactor de um texto subscrito pelos representantes dos três países que compõem a Cotec Europa. Elkann argumentou que a Europa tem vantagens competitivas que podem servir para encarar os BRIC “não como uma ameaça de curto prazo, mas como uma oportunidade para chegar a mercados em expansão”.

O responsável deu o exemplo das energias renováveis e da forma como este avanço tecnológico pode servir para entrar nestes novos mercados. Por outro lado, o redactor do texto da Cotec Europa afirmou que as experiências de colaboração entre os países europeus e dos quatro que compõem os BRIC criam oportunidades comerciais.

“Temos vários exemplos na Fiat de colaborações tecnológicas com alguns destes países. No Brasil, entre as diversas parcerias que temos, construímos um motor que funciona com quatro combustíveis diferentes”, ilustrou. “E a nossa experiência diz-nos que, quando as colaborações são bem-sucedidas, as portas destes mercados em expansão abrem-se”, disse.

Ainda assim, Elkann alertou paraa necessidade de a Europa aliar às vantagens competitivas e às oportunidades de colaboração mais duas estratégias: inovação constante, “para continuar à frente” e formação. Foi precisamente quando passou para a área de educação que o vice-presidente da Fiat deixou algumas críticas.

“Há alguns anos, traçou-se um rumo para o ensino na Europa, quando foi assinada a declaração de Bolonha. Mas esse rumo não foi seguido com a devida intensidade e é preciso retomá-lo. Sem pessoas não há inovação”, concluiu.
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