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Caldeira Cabral vê empresas animadas, PSD e CDS falam em abrandamento económico
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou esta terça-feira a maior confiança das empresas e o êxito dos programas de apoio lançados pelo Governo, em particular ao nível do financiamento. PSD e CDS sublinham os sinais de um abrandamento económico.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou esta terça-feira a maior confiança das empresas e o êxito dos programas de apoio lançados pelo Governo, em particular ao nível do financiamento.
Falando na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, Caldeira Cabral considerou que actualmente as empresas estão "menos endividadas, com tesourarias mais folgadas, com mais capitais próprios". A aposta foi na diversificação das formas de financiamento, o que explica também porque o crédito bancário às empresas tem vindo a diminuir.
Combustíveis
Outro tema a dominar a audição foi o adicional ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Nesta matéria, CDS e PCP foram os dois partidos que exigiram mais veementemente o fim do adicional. "O compromisso que o Governo assumiu era: o preço sobe, aumenta o IVA e baixa o ISP, o preço desce, o IVA cai e sobe o ISP", defendeu o deputado comunista Bruno Dias. "O Governo pode fazer por portaria aquilo que disse ao princípio. Pode fazê-lo agora, basta o Governo querer cumprir o que prometeu", reforçou, após o ministro ter argumentado que as alterações deveriam ser feitas "num quadro orçamental".
Energia
Também a energia dominou grande parte da audição parlamentar, com o ministro a destacar a cimeira das interligações eléctricas, agendada para 27 de Julho, como forma de ajudar a pôr fim ao isolamento de Portugal neste sector. "O reforço das interligações para lá dos Pirinéus vão ser um marco importante, vão permitir exportar energia e importar energia quando esta for mais barata", frisou.
Heitor Sousa, do Bloco de Esquerda, classificou de pouco ambiciosas as políticas na energia solar. O ministro respondeu que a meta de triplicar a produção de energia solar até 2022 é ambiciosa. "Existem actualmente 1.000 Megawatt (Mw) licenciados e outros 1.000 em pedidos de licenciamento. O que vimos foi um enorme crescimento da energia solar", sublinhou.
Turismo
O turismo também foi abordado, com o PSD a falar em abrandamento no sector. Caldeira Cabral contrapôs que o número de turistas cresceu nos primeiros meses do ano e que as receitas turísticas cresceram a um ritmo ainda maior.
Reconhecendo que existem riscos, nomeadamente o impacto do Brexit e a quebra de turistas britânicos que se tem feito sentir, o ministro destacou que a solução passa pela diversificação de mercados e que esta estratégia permitiu que a quebra no mercado britânico tenha sido muito mais do que compensada com o crescimento noutros países.