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Caldeira Cabral diz que governo de Costa “acabou com a austeridade”
O ministro da Economia disse ao jornal El País que Portugal vai ter maior crescimento do século, depois de o Governo ter libertado o país do "espartilho da austeridade".
Numa entrevista ao jornal espanhol El País, o ministro da Economia Caldeira Cabral, disse que a receita de Portugal para passar de problema a solução da Europa foi retirar o país da austeridade.
"Libertámos a economia do espartilho da austeridade. Acabámos com a austeridade e adoptámos uma política moderada e responsável; devolvemos rendimentos aos trabalhadores e pensionistas e garantimos aos cidadãos que não teriam mais cortes sociais. Assim, a confiança dos portugueses e dos investidores foi recuperada", afirmou o governante em entrevista ao El País.
Descrevendo o momento positivo da economia, Caldeira Cabral sublinhou que Portugal fecha o primeiro semestre com um crescimento do PIB de 2,8%, o que faz prever que o país acabará o ano "com o maior crescimento do século". "Desde 2010, a economia portuguesa não apresentava três trimestres seguidos com crescimentos superiores à média da Zona Euro", acrescentou.
O ministro destacou ainda que o investimento cresceu 10% no trimestre, o que garante a sustentabilidade do crescimento, enquanto as exportações aumentam a um ritmo superior ao de países como a Holanda e a Alemanha, que são "referências de competitividade".
O investimento e as exportações são mesmo apontados pelo ministro como motores da recuperação, a par da evolução positiva do sector agro-alimentar, calçado, têxtil e automóvel.
"O caminho é valorizar os nossos produtos e isso passa pela concepção, criação de marcas e pela integração nas cadeias de valor. O aumento da nossa competitividade não se fez à custa de cortes salariais; subimos os salários, estamos a criar emprego e as exportações estão a subir", afirmou Caldeira Cabral.
Na entrevista ao El País, o ministro da Economia reconhece ainda o mérito do Web Summit, realizado em Lisboa em Novembro passado, que atraiu para a capital 60 mil pessoas e centenas de investidores, com "consequências imediatas".
(Notícia actualizada às 14:00)