Notícia
Bruxelas revê crescimento em baixa para 2,5%
A Comissão Europeia reviu hoje em ligeira baixa as suas previsões de crescimento para a Zona Euro, antecipando que a economia dos treze países que partilham a mesma moeda se expanda 2,5%, em vez dos 2,6% que eram previstos em Maio.
A Comissão Europeia reviu hoje em ligeira baixa as suas previsões de crescimento para a Zona Euro, antecipando que a economia dos treze países que partilham a mesma moeda se expanda 2,5%, em vez dos 2,6% que eram previstos em Maio.
Bruxelas junta-se assim às demais organizações internacionais, caso da OCDE e do FMI , que estão já a descontar algumas décimas ao crescimento mundial por conta da crise que se abateu sobre o segmento do crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. "É demasiado cedo para quantificar o possível impacto na economia global".
"Mas as turbulências fizeram claramente a balança dos riscos para o lado negativo", precisa a Comissão numa nota à Imprensa.
Os novos números surgem no âmbito das chamadas previsões intercalares, em que Bruxelas apenas actualiza os valores para o ano corrente e para as sete maiores economias da União Europeia.
Na comparação individual, destaque para a França que surge com a maior correcção em baixa, com a nova previsão a apontar para um crescimento de 1,9%, contra os 2,4% que eram antecipados em Maio. Alemanha sofre um ajustamento residual (passa de 2,5% para 2,4%), ao passo que Espanha (3,7%) e Itália (1,9%) não registam mexidas nas respectivas previsões.
Esta previsão coincide com a do Banco Central Europeu e é ligeiramente inferior à da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que na semana passado reviu também em baixa, de 2,7% para 2,6% a sua previsão de crescimento para a Zona Euro.
Todas as organizações internacionais têm vindo a alertar para o risco de os impactos decorrentes da crise no "subprime" norte-americano serem especialmente sentidos em 2008. A grande incógnita neste momento reside na própria economia dos Estados Unidos, e na sua capacidade para travar os potenciais efeitos de contágios.
Segundo a OCDE, o risco de a maior economia mundial entrar em recessão aumentou com esta crise, e com os EUA em travagem é expectável que o mesmo acabe por suceder à Europa. Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, está hoje na comissão de assuntos económicos e monetários do Parlamento Europeu para falar sobre as expectativas da instituição a que preside.
A regulação e supervisão dos mercados financeiros deverão ser igualmente abordadas.
Previsões da Comissão Europeia para o crescimento do PIB | ||
Previsão actual |
Previsão antiga | |
Zona Euro |
2,5% |
2,6% |
União Europeia |
2,8% |
2,9% |
Alemanha |
2,4% |
2,5% |
Espanha |
3,7% |
3,7% |
França |
1,9% |
2,4% |
Itália |
1,9% |
1,9% |
Holanda |
2,5% |
2,8% |
Polónia |
6,1% |
6,5% |
Reino Unido |
2,9% |
2,8% |