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Bruxelas revê crescimento em baixa para 2,5%

A Comissão Europeia reviu hoje em ligeira baixa as suas previsões de crescimento para a Zona Euro, antecipando que a economia dos treze países que partilham a mesma moeda se expanda 2,5%, em vez dos 2,6% que eram previstos em Maio.

Negócios 11 de Setembro de 2007 às 11:32
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A Comissão Europeia reviu hoje em ligeira baixa as suas previsões de crescimento para a Zona Euro, antecipando que a economia dos treze países que partilham a mesma moeda se expanda 2,5%, em vez dos 2,6% que eram previstos em Maio.

Bruxelas junta-se assim às demais organizações internacionais, caso da OCDE e do FMI , que estão já a descontar algumas décimas ao crescimento mundial por conta da crise que se abateu sobre o segmento do crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. "É demasiado cedo para quantificar o possível impacto na economia global".

"Mas as turbulências fizeram claramente a balança dos riscos para o lado negativo", precisa a Comissão numa nota à Imprensa.

Os novos números surgem no âmbito das chamadas previsões intercalares, em que Bruxelas apenas actualiza os valores para o ano corrente e para as sete maiores economias da União Europeia.

Na comparação individual, destaque para a França que surge com a maior correcção em baixa, com a nova previsão a apontar para um crescimento de 1,9%, contra os 2,4% que eram antecipados em Maio. Alemanha sofre um ajustamento residual (passa de 2,5% para 2,4%), ao passo que Espanha (3,7%) e Itália (1,9%) não registam mexidas nas respectivas previsões.

Esta previsão coincide com a do Banco Central Europeu e é ligeiramente inferior à da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que na semana passado reviu também em baixa, de 2,7% para 2,6% a sua previsão de crescimento para a Zona Euro.

Todas as organizações internacionais têm vindo a alertar para o risco de os impactos decorrentes da crise no "subprime" norte-americano serem especialmente sentidos em 2008. A grande incógnita neste momento reside na própria economia dos Estados Unidos, e na sua capacidade para travar os potenciais efeitos de contágios.

Segundo a OCDE, o risco de a maior economia mundial entrar em recessão aumentou com esta crise, e com os EUA em travagem é expectável que o mesmo acabe por suceder à Europa. Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, está hoje na comissão de assuntos económicos e monetários do Parlamento Europeu para falar sobre as expectativas da instituição a que preside.

A regulação e supervisão dos mercados financeiros deverão ser igualmente abordadas.

 

Previsões da Comissão Europeia para o crescimento do PIB

Previsão actual

Previsão antiga

Zona Euro

2,5%

2,6%

União Europeia

2,8%

2,9%

Alemanha

2,4%

2,5%

Espanha

3,7%

3,7%

França

1,9%

2,4%

Itália

1,9%

1,9%

Holanda

2,5%

2,8%

Polónia

6,1%

6,5%

Reino Unido

2,9%

2,8%

 

 

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