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Assembleia da República aprova OE 2002; Campelo abstém-se (act.)

O Orçamento de Estado para 2002 foi hoje aprovado na Assembleia da República, com os votos favoráveis dos deputados do Partido Socialista, a abstenção de Daniel Campelo e os votos contra dos restantes deputados presentes.

09 de Novembro de 2001 às 13:18
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(actualiza com mais informação)

O Orçamento de Estado para 2002 foi hoje aprovado na Assembleia da República, com os votos favoráveis dos deputados do Partido Socialista, a abstenção de Daniel Campelo e os votos contra dos restantes deputados presentes.

O OE 2002 recebeu 113 contra, 115 a favor e a abstenção de Daniel Campelo. Duarte de Lima, deputado de PSD, não esteve presente hoje na AR, por se encontrar no estrangeiro.

Foram também aprovadas as Grandes Opções do Plano (GOP) para 2002.

A pedido do deputado Basílio Horta do PP, a contagem dos votos foi efectuado por filas.

O deputado independente Daniel Campelo, que o ano passado também viabilizou o Orçamento de Estado, já tinha ontem sugerido que ia «deixar passar» o OE 2002.

No debate de ontem na AR, Campelo afirmou que a proposta de OE para 2002 «é globalmente correcta» e que um eventual chumbo seria «uma atitude de grande irresponsabilidade».

No ano passado, Campelo viabilizou o Orçamento de Estado, que ficou conhecido como o «Orçamento do Queijo» à custa de um reforço dos investimentos em Ponte de Lima, onde é Autarca.

Este ano, Campelo adiantou estar satisfeito com OE, pelo facto de este contribuir para o desenvolvimento do mundo rural.

Abstenção de Campelo não era necessária para OE ser aprovado

Com 115 deputados, tantos como a oposição, ao Partido Socialista bastava que Campelo se abstivesse para ver o OE 2002 aprovado na Assembleia da República.

Com a ausência do deputado do PSD, Duarte Lima devido a motivos de saúde, nem a abstenção de Campelo era necessária para o documento ser aprovado na AR.

Na votação na generalidade do OE para o próximo ano que se realizou esta manhã, gerou-se uma confusão à volta dos deputados ausentes do PSD na primeira votação da sessão referente à proposta de lei das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2002.

Nesta votação, o diploma foi aprovado com os votos favoráveis do PS e da abstenção do deputado independente Daniel Campelo.

Os votos contra somaram 110, tendo resultado em quatro deputados ausentes do PSD.

O Partido Comunista Português, o CDS-PP, os Verdes e o Bloco de Esquerda também votaram contra o OE e o diploma que estava na base das Grandes Opções do Plano para 2002.

Três dos deputados ausentes encontravam-se em «pé», segundo Manuela Ferreira Leite, líder do grupo parlamentar do PSD, pelo que após a referida líder ter requerido a recontagem dos votos do seu partido, o presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, resolveu retirar à nova contagem essas três «baixas».

Também a abstenção de Daniel Campelo, veio gerar dúvidas no plenário, devido a sua «hesitação» quando foi chamado a demonstrar o seu sentido de voto.

À saída da votação, Campelo explica que ficou confuso com a mudança do modelo de voto de grupos parlamentares para contagem por fila.

O ex-deputado do PP acusou o PSD de «fazer de propósito» a ausência dos deputados antes da votação do OE para o «pressionar».

O Governo foi alvo de duras críticas pelos partidos da oposição pelo facto de o OE 2002 ser mais uma vez aprovado com o voto de Campelo.

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