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Alegre acusa Cavaco Silva de utilizar pobreza para "fazer campanha eleitoral”

Manuel Alegre criticou directamente Cavaco Silva, afirmando nunca ter dado "o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento".

13 de Dezembro de 2010 às 02:48
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Manuel Alegre defendeu hoje que as próximas eleições presidenciais são “porventura as mais importantes desde o 25 de Abril” e criticou directamente Cavaco Silva, afirmando nunca ter dado “o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento”.

“Querem fazer-nos crer que Cavaco Silva já está eleito, não está, porque em eleições democráticas não há vencedores antecipados, não há coroações. Eu nunca fui dar o meu nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento, eu sou um resistente à ditadura, fui um combatente pela democracia, de todas as horas e de todos os tempos”, afirmou Manuel Alegre, numa crítica ao seu adversário.

O candidato à Presidência da República apoiado pelo PS e pelo BE, que discursava em Lisboa, durante o lançamento do “Movimento Já”, um movimento de jovens de apoio à sua campanha para as presidenciais, referia-se a um artigo publicado há semanas pela revista Sábado, em que se revelava um "formulário pessoal pormenorizado" para a PIDE preenchido por Cavaco Silva durante o Estado Novo, no qual se lê "integrado no actual regime político” relativamente à sua "posição e actividades políticas" naquela época.

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, recandidata-se ao cargo nas eleições de Janeiro próximo.

Numa iniciativa, no Lx Factory, em Alcântara, onde esteve presente o seu mandatário para a juventude, Jacinto Lucas Pires – que em conjunto com a filha do candidato Joana Alegre, o deputado do BE José Soeiro e o líder da JS, Pedro Alves, impulsionou o “Movimento Já” -, Alegre disse que o que está em causa a 23 de Janeiro “é uma escolha, uma escolha entre uma concepção do que é a função presidencial e também uma visão do país”.

“Como dizia há dias em Setúbal o grande sindicalista António Chora, as eleições de 23 de Janeiro, que muita gente está a procurar ocultar e a fazer crer que não há eleições mas vai haver eleições, são porventura as mais importantes desde o 25 de Abril, porque o que está em causa é a escolha do Presidente, mas é mais do que isso, é a escolha do nosso futuro político, do nosso modelo de sociedade, da forma e do conteúdo da nossa democracia e por isso é essencial a participação da juventude”, advogou.

No final, o candidato à Presidência da República dramatizou o apelo à mobilização para esta eleição, dizendo que a 23 de Janeiro todos os seus apoiantes serão também candidatos àquele cargo.

“Eu preciso de vós, de cada um de vós, e de muito mais jovens, porque são os jovens que têm de assumir o nosso destino, o destino de Portugal. Está nas vossas mãos, no dia 23 de Janeiro não sou só eu que sou candidato, somos todos nós que acreditamos na democracia, são vocês, são os jovens, são aqueles que têm 20 anos, são eles que vão ser candidatos à Presidência da República, porque comigo na Presidência da República temos outro futuro, temos outra visão de Portugal e do mundo”, sublinhou.

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