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Estado vai manter 35% da Ogma (act.)
José Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa, garantiu que não está previsto, pelo menos em 2014, a venda do capital que o Estado ainda detém na Ogma.
O Governo não pretende vender os 35% que ainda detém na Ogma - Indústria Aeronáutica de Portugal.
José Pedro Aguiar-Branco garantiu esta segunda-feira, 4 de Novembro, no Parlamento que a Defesa quer proceder à privatização do seu sector empresarial, tal como definido no programa do Governo. "E estamos a fazê-lo", declarou o ministro da Defesa na sua audição na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014.
As privatizações começam, disse, "por empresas onde para o Estado faz menos sentido estar". E sobre as empresas, Aguiar-Branco deu a garantia que "na Ogma não faz sentido proceder à venda, dos 35% [que o Estado ainda detém]. Não está em causa fazer a venda dessa participação. Todas as outras estão em processo de privatização". No entanto, acabou por confirmar que também o Arsenal do Alfeite não tem processo de venda aberto. "Ainda não está, mas tem como príncipio ser privatizado", tal como previsto no programa do Governo.
Depois de mais questões, Aguiar-Branco foi mais directo: "O Alfeite não está prevista a privatização para o ano". Berta Cabral, secretária de Estado da Defesa, explicou ainda que a empresa vai, em 2014, reduzir custos, com a saída de 60 pessoas por aposentações, ao mesmo tempo que se prevê a subida das receitas, quer por via de trabalhos para a Marinha de Marrocos, quer pelos trabalhos para a Marinha portuguesa. A corveta António Enes e o navio-patrulha Zaire vão ser reparados no Alfeite, sendo um trabalho de 14 milhões euros para a Marinha portuguesa.
"O aumento de receitas é efectivamente uma expectativa positiva e exequível", disse Berta Cabral, dizendo, ainda, que "todo o trabalho de diversificação de mercado está a ser bem conseguido", o que "prosseguirá o trabalho de viabilização da capacidade instalada".
(Notícia actualizada às 18h40 com mais informações sobre Arsenal do Alfeite)