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Von der Leyen pede ação "com urgência" para evitar "era de pandemias"

"Se não agirmos com urgência para protegermos a nossa natureza, podemos já estar no início de uma era de pandemias", sublinhou Ursula von der Leyen durante uma intervenção na cimeira 'Um planeta para a biodiversidade', organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

EPA
11 de Janeiro de 2021 às 16:28
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientou hoje que se não se "agir com urgência" para mitigar os efeitos do aquecimento global, o mundo pode estar a entrar "no início de uma era de pandemias".

"Se não agirmos com urgência para protegermos a nossa natureza, podemos já estar no início de uma era de pandemias", sublinhou Ursula von der Leyen durante uma intervenção na cimeira 'Um planeta para a biodiversidade', organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

Referindo que "quando as temperaturas aumentam e a natureza desaparece", o mundo sofre "mais desastres naturais e doenças zoonóticas", Von der Leyen salientou que a atual pandemia de covid-19 não é nem "o primeiro, o último" exemplo da ligação entre a perda de biodiversidade e o surgimento de novas doenças.

"Pensem em como um dos surtos mais mortíferos da Ébola terá começado com uma criança a brincar perto de uma árvore numa aldeia remota da Guiné-Conacri, uma árvore infestada de morcegos que tinham sido empurrados para a aldeia porque 80% das florestas na região tinham sido destruídas. Todos sabemos as trágicas repercussões que isso teve", frisou a presidente do executivo comunitário.

Von der Leyen realçou, no entanto, que "se pode fazer algo" para contrariar este cenário e apelou a uma "ação global concertada" e a um "desenvolvimento local sustentado".

Dando o exemplo da iniciativa "Grande Muralha Verde" lançada pela União Africana -- que procura restaurar terras degradadas numa área que compreende oito mil quilómetros entre o Senegal e o Djibuti -- a presidente da Comissão Europeia sublinhou que a União Europeia (UE) tem de trabalhar com parceiros na luta contra o aquecimento global e "fazer mais".

"Ser uma grande economia e uma superpotência no comércio, acarreta responsabilidades e é o nosso dever assegurar que o mercado único não favorece a desflorestação. (...) Iremos liderar com ambição e ação em casa e faremos tudo ao nosso alcance para envolver o maior número de parceiros possível", sublinhou Von der Leyen.

A presidente da Comissão realçou ainda que as "exigências não podiam ser maiores" e "a necessidade imperiosa de agir mais convincente" e destacou o ano de 2021 como um "ano histórico".

"Todos sabemos a magnitude e a urgência das tarefas [climáticas] que temos diante de nós este ano e as mudanças que podem operar nas nossas vidas quotidianas", frisou.

A cimeira 'Um planeta para a biodiversidade' é uma cimeira organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que teve a sua primeira edição em dezembro de 2017.

Este ano conta com a presença, entre outros e além de Ursula von der Leyen, da chanceler alemã, Angela Merkel, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
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