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Transmissibilidade está abaixo de 1, mas só confinamento a 60 dias reduz os internamentos para 200

As medidas de confinamento estão a dar frutos e o índice de transmissibilidade da Covid-19 está agora em 0,8. No entanto, só um cenário de confinamento a 60 dias permitirá baixar para 200 as camas ocupadas em cuidados intensivos, segundo especialista do Instituto Ricardo Jorge.

09 de Fevereiro de 2021 às 11:04
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O valor do R(t) – índice de transmissibilidade da Covid-19 – de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, aponta para 0,82, "um valor baixo, que indica a redução de incidência de forma clara", adiantou esta terça-feira Baltazar Nunes, especialista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge durante o encontro de epidemiologistas promovido pelo Infarmed para monitorização da evolução da pandemia.

 

Apesar de os números permitirem algum otimismo, a incidência é ainda muito elevada, alertou o especialista que, em termos de evolução da transmissibilidade, apresentou três cenários possíveis para os próximos tempos a 30, 45 e 60 dias. E, se as medidas de confinamento, incluindo o fecho das escolas, parecem estar a dar resultados, a conclusão do especialista é que "o cenário de 60 dias é o que consegue trazer os níveis de ocupação nas UCI para valores mais baixos".

 

A manterem-se as escolas fechadas e demais medidas durante 60 dias, até finais de março, Baltazar Nunes admite que teríamos 300 camas ocupadas em UCI em março e 200 em abril.

 

As medidas de confinamento levaram a uma forte redução da mobilidade. A 1 de janeiro, "Portugal estava entre os países com maior mobilidade", e a 15 janeiro, quando se iniciaram as novas medidas de confinamento,"reduz um bocado, mas ainda está nos países com maior mobilidade". Atualmente, os países com mobilidade mais reduzida são Áustria, Reino Unido, Holanda e Irlanda.

"Mais recentemente, a partir de 19 de janeiro – quando as medidas são introduzidas – começámos a ver que Portugal passa para os países com redução de mobilidade e, atualmente, Portugal é o país com uma redução de mobilidade mais acentuada na União Europeia, com uma diminuição na ordem dos 66%", referiu o especialista do Instituto Ricardo Jorge. 

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