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Rio antecipa que novo estado de emergência contempla "e bem ensino virtual"

Depois de conversar com o Presidente da República, o líder do PSD adiantou que o próximo decreto presidencial para renovação do estado de emergência já irá prever "que haja ensino à distância". Rui Rio propôs que o Governo passe também a divulgar diariamente o número de pessoas vacinas e defendeu recurso a enfermeiros e médicos reformados.

27 de Janeiro de 2021 às 16:56
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Já era previsível, mas agora parece estar confirmado. O próximo decreto presidencial com vista ao prolongamento do atual estado de emergência, em vigor até às 23:59 do próximo sábado, 30 de janeiro, vai já prever a possibilidade de regresso ao ensino à distância, revelou Rui Rui depois da conversa mantida esta tarde, por videoconferência, com o Presidente da República. 

"Não vale a pena continuar a fingir que [o Governo] apenas empurrou o ano letivo 15 dias para a frente. As escolas têm de permanecer fechadas mais tempo", disse o presidente do PSD em conferência de imprensa, acrescentando que o próximo decreto de Marcelo Rebelo de Sousa para renovar o estado de exceção "permitirá, e bem, que haja ensino à distância", ou seja, que regresse o "ensino virtual". 

Inicialmente, aquando da generalização do confinamento para travar o agravamento da crise pandémica, o primeiro-ministro ter frisado que as escolas iriam encerrar apenas temporariamente, não ficando previsto o regresso ao ensino não presencial. No entanto, já esta semana, o Governo deu indicação às escolas para preparem a readoção do ensino virtual. 

Para o líder social-democrata "não faz qualquer sentido que as escolas que estão preparadas" para o ensino à distância, sejam elas privadas ou públicas, sejam prejudicadas por estabelecimentos de ensino que não se prepararem devidamente para este cenário. 

Esta terça-feira, o PEV, após conversa com Marcelo, que ontem e hoje ouve os partidos sobre a renovação do estado de emergência, já adiantara que o novo decreto também prevê um eventual encerramento das fronteiras.

Dada a crescente pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde e a entrada em rutura de alguns serviços, Rui Rio lembrou que continuam a faltar profissionais de saúde, o que o levou a defender a necessidade de acionar o mecanismo "para pedir a colaboração dos enfermeiros e médicos reformados". 

Rio quer informação diária sobre vacinados
Rui Rio aludiu às notícias que apontam para a hipótese de o stock previsto para a segunda toma das vacinas contra a covid-19 ser reduzido para, mostrando "preocupação", defender que o Governo poderá ter de guardar primeiras doses de modo a que não haja desperdício das primeiras tomas já administradas e que não sejam seguida da toma da segunda dose. "Corremos o risco de deitar fora muitas das primeiras doses", avisou.

O presidente do PSD sustentou que "a vacinação não está a correr da melhor maneira", da "escassez de lugares para vacinar", ao não cumprimento do protocolo definido para a vacinação, o que, notou, já levou as autoridades a passar o prazo limite para a primeira fase da vacinação "de março para abril". 

Propõe assim que os dados estatísticos que o Governo vai revelando diariamente sobre novos casos de covid, óbitos ou doentes internados e recuperados passe a incluir também "o número de portugueses entretanto vacinados", o que permitirá evitar que "haja aproveitamentos indevidos", referindo-se aos casos de pessoas que foram vacinas apesar de não integrarem nenhum dos grupos prioritários.

Já quanto à inclusão de políticos entre os prioritários, quando se sabe que os titulares dos órgãos de soberania começarão a ser vacinados na próxima semana, Rio diz discordar "completamente da demagogia feita de não vacinar, pura e simplesmente, político nenhum". Lembrou que nesta altura os ministros da Economia, das Finanças, da Agricultura e da Defesa estão infetados para depois perguntar o que aconteceria se o primeiro-ministro ficasse, também ele, infectado.

"Não podemos estar com esta demagogia nem estes complexos", argumentou, dizendo que não se considera um "caso nevrálgico" para ser vacinado, mas assegurando aceitar ser vacinado se assim o entenderem: "se houver consenso nacional e me incluírem nesse consenso, não estou disponível para fazer o brilharete e dizer que pego na minha [vacina] e a ofereço a não sei quem".

(notícia atualizada)

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