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Rapidez foi a chave para o país europeu com menos óbitos por covid-19

Numa altura em que o coronavírus continua a matar milhares de pessoas todos os dias na Europa, um país do continente continua a apresentar níveis de letalidade muito reduzidos.

28 de Abril de 2020 às 15:14
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A Eslováquia, um país que com 5,5 milhões de habitantes que está em "lockdown", fechou escolas, lojas e fronteiras antes de todos os outros na Europa à exceção da Itália. Os políticos e as estrelas de televisão começaram a usar máscaras ainda antes do Governo decidir que o seu uso era obrigatório.

 

As medidas deram resultado: seis semanas depois de ter sido relatada a primeira pessoa infetada no país, a Eslováquia tem apenas 18 vítimas mortais e está no fundo da lista europeia de óbitos per capita, de acordo com os dados da Universidade John Hopkins.


 

"A rapidez foi essencial", diz Eva Schernhammer, responsável do departamento de epidemiologia  da Universidade de Medicina da Viena. "É ideal conter a epidemia quando esta está num estado em que é possível reconstruir os contactos de cada novo caso. Fazendo uma retrospetiva, a Eslováquia fez o que era correto".

 

O responsável da região de Bratislava, Juraj Droba, fechou as escolas dois dias depois do primeiro caso de covid-19 e uma semana antes do resto do país, para impedir "que aconteça o que estamos a assistir na Itália".

 

O diretor geral de saúde, Jan Mikas, ordenou que os passageiros de um comboio com praticantes de sky que vinha da Áustria ficassem todos em quarentena. 60 deles testaram positivo à covid-19.

 

O Governo está também a reabrir lentamente a economia, que foi fortemente afetada pelo "lockdown", que é mais fácil de impor em países mais pequenos.

 

Os cientistas dizem que ainda é cedo para declarar o final da batalha. A taxa de letalidade mais elevada está a afetar um país que também tem uma dimensão reduzida: a Bélgica.

 

"Se a tendência se mantiver, podemos dizer que fomos um dos melhores países a lidar com a pandemia", diz Martin Smatana, responsável pelo Instituto de Saúde Pública do país, que monitorizou a evolução do vírus na Eslováquia. "Na maioria da população, o vírus não está a propagar-se".

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