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Investigadores dizem que confinamento evitou 500 milhões de infetados em apenas 6 países

Um estudo da Universidade da Califórnia sustenta que, sem confinamento e outras medidas, aos 7 milhões de casos confirmados no mundo, somar-se-iam mais 500 milhões em apenas seis países.

Reuters
08 de Junho de 2020 às 17:47
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Um estudo publicado esta segunda-feira na revista Nature defende que o confinamento e outras medidas de saúde pública impostas no contexto da pandemia evitaram cerca de 500 milhões de infeções em apenas seis países, a maior parte das quais na China.

O estudo da Universidade da Califórnia, liderado por Solomon Hsiang, sustenta que sem confinamento, distanciamento social, restrições às viagens e outras intervenções, o cenário seria hoje bastante mais severo, ainda que as várias medidas restritivas tenham tido efeitos diferentes nos vários países.

Os investigadores acreditam que as medidas que tiveram benefícios mais evidentes no combate à pandemia foram o confinamento domiciliário e o encerramento de empresas. Já as restrições às viagens e a proibição de concentrações de pessoas geraram bons resultados em Itália e no Irão, enquanto nos Estados Unidos o seu impacto foi menos evidente.

Quanto ao encerramento das escolas, os investigadores defendem que não há fortes evidências de que tenha tido efeito em algum país.

"Atrasos aparentemente pequenos na implementação de políticas provavelmente produziram resultados de saúde muito diferentes" em diferentes países, disse Solomon Hsiang.

Entre os cerca de 500 milhões de casos evitados pelas medidas de restrição, os autores fazem a distinção entre as infeções que teriam sido confirmadas e aquelas que nunca teriam sido detetadas, e que representam a maior fatia.

Em baixo está a lista dos casos confirmados e evitados, por país, de acordo com o estudo:

  • China: 37 milhões de casos confirmados, 285 milhões no total
  • Coreia do Sul: 11,5 milhões de casos confirmados, 38 milhões no total
  • Itália: 2,1 milhões de casos confirmados, 38 milhões no total
  • Irão: 5 milhões de casos confirmados, 54 milhões no total
  • França: 1,4 milhões de casos confirmados, 45 milhões no total
  • Estados Unidos: 4,8 milhões de casos confirmados, 60 milhões no total

Até ao momento, o novo coronavírus infetou mais de sete milhões de pessoas em todo o mundo já causou a morte a pelo menos 403.449 pessoas.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 110.514 e 1.942.363 casos, respetivamente. 

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 40.542 mortes e 286.194 casos, Brasil com 36.455 mortes (691.758 casos), Itália com 33.899 mortes (234.998 casos) e França com 29.155 óbitos (190.974 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 83.040 casos (quatro novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.341 recuperações.

A Europa totalizou 183.716 mortes para 2.286.470 casos, Estados Unidos e Canadá 118.373 mortes (2.038.062 casos), América Latina e Caraíbas 65.861 mortes (1.329.461 casos); Ásia 19.624 mortes (697.016 casos), Médio Oriente 10.562 mortes (480.302 casos), África 5.182 mortes (190.379 casos) e Oceânia 131 mortes (8.645 casos).

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