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GSK vai pedir autorização de emergência nos EUA para medicamento contra a covid-19

Um medicamento contra a covid-19 pode estar a poucas semanas de distância. A GSK e a Vir Biotechnology avançaram ontem a intenção de pedir autorização para uso de emergência nos Estados Unidos.

Se e quando chegar á Europa, esta deve ser a quarta vacina em circulação João Miguel Rodrigues
18 de Março de 2021 às 09:16
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Depois de várias vacinas aprovadas, é a vez de termos um medicamento disponível. A GSK e a Vir Biotechnology anunciaram ontem a intenção de avançar com o pedido de aprovação de "uso de emergência" para o VIR-7831, depois de o estudo de fase três ter demonstrado que este medicamento  "reduz a hospitalização e o risco de morte no tratamento precoce de adultos com covid-19".

A empresa adiante que "face às evidências de elevada eficácia", a autoridade responsável pelo controlo dos ensaios clínicos - o Comité Independente de Monitorização de Dados (CIMD) - recomendou interromper antecipadamente os estudos de fase 3, evitando alargar a escala do mesmo.

"A recomendação do CIMD baseou-se numa análise interina dos dados de 583 doentes incluídos no ensaio COMET-ICE, que demonstrou uma redução de 85% na hospitalização ou morte, em doentes que receberam o VIR-7831", pode ler-se no comunicado.

Segundo a GSK,  o medicamento foi bem tolerado mas os doentes continuarão a ser acompanhados nas 24 semanas seguintes com vista à recolha de outros dados virológicos e epidémicos.

Com base nestes resultados, a GSK e a Vir Biotechnology vão pedir à FDA (entidade reguladora nos Estados Unidos) uma autorização de uso de emergência, à semelhança do que aconteceu com as  vacinas já aprovadas. O passo seguinte é conseguir o mesmo tipo de aprovação noutros países, que devem incluir a União Europeia.

Estudo demonstra eficácia contra variantes
Um outro estudo realizado pelas mesmas empresas demonstrou também que o medicamento em desenvolvimento é eficaz contra as principais variantes da SARS-CoV-2 em circulação, nomeadamente as estirpes originárias da África do Sul, Reino Unido e Brasil.

Este efeito tem a ver com a forma como o próprio medicamento foi desenhado. "Contrariamente a outros anticorpos monoclonais, o VIR-7831 liga-se a um epítopo altamente conservado da proteína spike, o que pode dificultar o desenvolvimento de resistência", explica a GSK.

 

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