Notícia
Creches a funcionar já segunda-feira? Maioria acha cedo
Mais de metade dos portugueses considera que ainda é cedo para avançar com a abertura das creches, depois do período de quarentena vivido nos últimos tempos. É o resultado de uma sondagem realizada pela Intercampus.
A abertura das creches, que deverá acontecer já a partir desta segunda-feira, 18 de maio, está longe de ser uma decisão pacífica. De acordo com o barómetro da Intercampus para o Negócios e para o CM/CMTV, uma parcela de 57,6% dos inquiridos considera que é cedo para avançar já com esta medida de desconfinamento.
Nesta sexta-feira o primeiro-ministro anunciou que, tal como estava já programado, a segunda quinzena de maio seria o momento para reabrir as creches, permitindo aos pais que, progressivamente, comecem a lá deixar os filhos, podendo assim regressar ao trabalho presencial.
António Costa explicou que 80% dos trabalhadores das creches foram já testados, esperando-se que todos façam o teste até segunda-feira, e admitiu que o tema é sensível, tanto para pais, como para os próprios trabalhadores dos estabelecimentos de ensino. Para já, não haverá obrigatoriedade de levar as crianças, tanto que os pais manterão o apoio extraordinário que vinham a receber até agora para ficarem com os filhos em casa. A ideia é que em junho tudo se normalize e nessa altura deixarão de existir os apoios.
Os resultados do barómetro da Intercampus mostram que 8,2% dos inquiridos não sabe ou não responde que opinião tem sobre o assunto e uma fatia de 34,2% diz estar de acordo com a decisão do Governo de avançar já.
A DGS publicou na passada quarta-feira uma orientação com as medidas de prevenção e controlo a adotar em creches, creches familiares e amas, em contexto de pandemia de COVID-19.
FICHA TÉCNICA
Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental.
Amostra: A amostra é constituída por 620 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Sexo (294 homens e 326 mulheres), por idade (137 entre os 18 e os 34 anos; 227 entre os 35 e os 54 anos; e 256 com mais de 55 anos) e região (236 no Norte, 144 no Centro, 168 em Lisboa, 46 no Alentejo e 26 no Algarve).
Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI).
Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. Estiveram envolvidos 14 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 5 e 9 de maio.
Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,9%.
Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtidaneste estudo foi de: 67%.