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Como corre a pandemia em Portugal? O essencial dos indicadores
A incidência de 50 casos por 100 mil habitantes e um Rt próximo de 1 deixam o país no quadrante verde da matriz que dita o desconfinamento. A variante indiana foi responsável por nove casos em Portugal.
A incidência a 14 dias está controlada com 50 novos casos por 100.000 habitantes e o Rt é de 0,95. A percentagem de testes positivos é baixa, mas fizeram-se menos do que na semana passada. Este é o essencial dos dados mais recentes da pandemia que aparenta estar controlada em Portugal.
Os dados são do "relatório de monitorização das linhas vermelhas para a covid-19", elaborado pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA), que reporta semanalmente sobre os indicadores pandémicos no país e que indica que existe "reduzida pressão nos serviços de saúde" e uma "transmissão comunitária de moderada intensidade".
Segundo o relatório, a percentagem de testes positivos é de 1,1%, bem abaixo da meta de 4% definida pelo Governo. Ainda assim, o número total de testes realizados foi inferior ao da semana passada.
Já dos resultados positivos, 97% foram isolados nas primeiras 24 horas após o contágio, o mesmo tempo que demorou para notificar 76% dos seus contactos enquanto infetado. Ao todo, o processo envolve uma média de 111 profissionais por dia, no continente.
Nos cuidados intensivos do continente, a tendência é de desocupação das camas com uma utilização de 29% do valor de esforço definido em 245 camas.
Variante indiana em cinco concelhos
Até 12 de maio foram identificados nove casos da variante indiana, 88 da variante de África do Sul e 114 casos da variante de Manaus. Entre as várias estirpes do vírus já em circulação em Portugal, a britânica é a de maior prevalência, perfazendo 91% de todos os genomas sequenciados no país.
Da mais recente variante, a indiana, foram registados três casos na região centro, cinco em Lisboa e Vale do Tejo e um na região autónoma dos Açores. As amostras eram provenientes de cinco concelhos distintos.
Ainda assim, o INSA relata que todos os casos desta variante tem origem em viagens ou em contacto direto com um dos infetados, pelo que "parece não existir, atualmente, transmissão comunitária ativa desta variante".
No resto da Europa, o relatório explica que a variante foi detetada em vários países que colocam já "a possibilidade de circulação comunitária desta variante".