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CEO dos bancos preocupados com otimismo exagerado do mercado
O otimismo do mercado acionista mostrou-se particularmente forte nesta semana. Algumas das empresas com os melhores desempenhos, incluindo a Carnival e a United Airlines, estão entre as mais afetadas pela pandemia.
31 de Maio de 2020 às 15:00
Os líderes das maiores instituições financeiras estão mais otimistas sobre a recuperação económica devido ao relaxamento das medidas de isolamento social, mas dizem que os recentes ganhos das bolsas podem não corresponder à realidade.
"O mercado tem assumido que não teremos uma segunda vaga ou terceira vaga severa" de Covid-19 e que os tratamentos estarão disponíveis para amortecer o impacto de novos surtos, disse o diretor-presidente da BlackRock, Larry Fink, em conferência virtual do setor, realizada na quarta-feira. "Acredito que os empregos voltarão de forma mais lenta do que algumas pessoas acreditam."
O otimismo do mercado acionista mostrou-se particularmente forte nesta semana. Algumas das empresas com os melhores desempenhos, incluindo a Carnival e a United Airlines, estão entre as mais afetadas pela pandemia. O S&P 500 ganha 36% desde que atingiu mínimos de quase três anos e meio, a 23 de março.
Os sinais de que as economias começam a ganhar vida e as perspetivas quanto a uma vacina ajudaram a impulsionar os ganhos nas bolsas, assim como os comentários otimistas de legisladores e líderes empresariais.
O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que alguns devedores de empréstimos que solicitaram adiamentos ainda estão a fazer pagamentos, e que os bancos podem concluir o aumento de provisões para empréstimos duvidosos depois deste trimestre.
"Podemos ver uma recuperação bastante rápida", disse o presidente do maior banco dos EUA na terça-feira, em conferência virtual. "O governo tem sido bastante recetivo, as grandes empresas têm os meios e esperamos manter as pequenas empresas vivas."
Os dados económicos mais positivos foram divulgados na quinta-feira, nos EUA: pela primeira vez durante a pandemia do coronavírus, o número de pessoas que recebem subsídio de desemprego em programas estatais caiu, um sinal de que as pessoas começam a voltar a trabalhar.
Pelo meio do otimismo nos mercados, John Waldron, presidente do Goldman Sachs, disse, na quarta-feira, que um dos maiores riscos que a economia enfrenta é o de os focos do vírus voltarem a aparecer nos próximos meses, obrigando ao encerramento esporádico das economias locais.
Uma recuperação aos avanços e recuos pode representar um desafio para os consumidores, em especial se o apoio do governo diminuir, defendeu Waldron. Isso levaria a "muito mais destruição" do crédito ao consumidor, disse.
"O mercado tem assumido que não teremos uma segunda vaga ou terceira vaga severa" de Covid-19 e que os tratamentos estarão disponíveis para amortecer o impacto de novos surtos, disse o diretor-presidente da BlackRock, Larry Fink, em conferência virtual do setor, realizada na quarta-feira. "Acredito que os empregos voltarão de forma mais lenta do que algumas pessoas acreditam."
Os sinais de que as economias começam a ganhar vida e as perspetivas quanto a uma vacina ajudaram a impulsionar os ganhos nas bolsas, assim como os comentários otimistas de legisladores e líderes empresariais.
O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que alguns devedores de empréstimos que solicitaram adiamentos ainda estão a fazer pagamentos, e que os bancos podem concluir o aumento de provisões para empréstimos duvidosos depois deste trimestre.
"Podemos ver uma recuperação bastante rápida", disse o presidente do maior banco dos EUA na terça-feira, em conferência virtual. "O governo tem sido bastante recetivo, as grandes empresas têm os meios e esperamos manter as pequenas empresas vivas."
Os dados económicos mais positivos foram divulgados na quinta-feira, nos EUA: pela primeira vez durante a pandemia do coronavírus, o número de pessoas que recebem subsídio de desemprego em programas estatais caiu, um sinal de que as pessoas começam a voltar a trabalhar.
Pelo meio do otimismo nos mercados, John Waldron, presidente do Goldman Sachs, disse, na quarta-feira, que um dos maiores riscos que a economia enfrenta é o de os focos do vírus voltarem a aparecer nos próximos meses, obrigando ao encerramento esporádico das economias locais.
Uma recuperação aos avanços e recuos pode representar um desafio para os consumidores, em especial se o apoio do governo diminuir, defendeu Waldron. Isso levaria a "muito mais destruição" do crédito ao consumidor, disse.