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Alemanha quer introduzir recolher obrigatório para travar a pandemia

O recolher obrigatório no período noturno é uma das medidas que será debatida na próxima semana para travar a propagação do vírus, avança o Business Insider.

17 de Janeiro de 2021 às 17:27
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O governo alemão prepara-se para endurecer as medidas para conter a covid-19 e quer impor um recolher obrigatório no período noturno, avança o Business Insider.

Os dirigentes dos estados regionais alemães, que no Estado federal da Alemanha possuem poder de decisão em matérias como a saúde ou transportes públicos, já terão concordado com a medida que será debatida em pormenor na terça-feira, nas consultas agendadas para debater as medidas a implementar no país.

De acordo com o Business Insider, os estados ainda não decidiram o horário do recolher obrigatório e a medida só avançará se forem excedidos certos níveis de contaminação.

Entre as medidas em estudo incluem-se ainda a reintrodução dos controlos nas fronteiras, à semelhança da primavera passada, uma generalização do uso da máscara FPP2 pela população, a imposição do teletrabalho, e eventualmente o encerramento dos transportes públicos, como avançaram vários meios de comunicação alemães na semana passada.

Durante uma videoconferência sobre a evolução da pandemia, na terça-feira, a chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se preocupada com o aumento do número de casos e sobretudo com a rápida propagação da nova estirpe do vírus, que foi detetada pela primeira vez no Reino Unido. A governante avisou que se o país não conseguir travar a propagação, enfrenta 10 semanas de restrições mais duras.

"Se não conseguirmos parar este vírus britânico, na Páscoa teremos um número de casos 10 vezes superior. Precisamos por isso de mais oito a 10 semanas de medidas duras", disse Merkel.

A Alemanha está em confinamento desde meados de dezembro e os números de casos e óbitos de covid-19 têm vindo a aumentar neste arranque de ano.

O país iniciou na segunda-feira a nova fase - mais restrita - do segundo confinamento, que se vai prolongar até ao dia 31 de janeiro com restrições da atividade da administração pública e atividade económica.

As atividades culturais e de lazer, restauração e negócios "não essenciais", assim como as escolas permanecem encerrados. As reuniões privadas limitam-se à visita de apenas uma pessoa em cada casa, além dos habitantes da residência. No caso de Berlim, região fortemente afetada, os habitantes não se podem afastar mais do que 15 quilómetros do local onde vivem.

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