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Turismo suporta crescimento na balança comercial dos serviços

O turismo continua a registar bons indicadores em Portugal, tendo sido à sua custa que a balança comercial de serviços conseguiu um aumento até Novembro deste ano de 2,5%.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 20 de Janeiro de 2016 às 12:09
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A balança comercial de serviços até Novembro de 2015 registou um excedente de 10,91 mil milhões de euros, mais 270 milhões de euros que um ano antes, de acordo com os dados revelados esta quarta-feira, 20 de Janeiro, pelo Banco de Portugal

E se em quase todas as componentes de serviços as exportações superam as importações, no turismo o excedente é mais significativo. Portugal recebeu do turismo, até Novembro do ano passado, 10,59 mil milhões de euros, mas só saíram para essa componente 3,33 mil milhões, o que significa que o excedente é de 7,268 mil milhões. Isso também significa que face aos onze primeiros meses de 2014, o excedente aumentou em quase mil milhões de euros na componente viagens e turismo.

Outra componente de crescimento nas exportações até Novembro de 2015 foi a de transportes, cujas exportações subiram para 5,3 mil milhões de euros.

A balança comercial de serviços é uma das componentes da balança corrente, que até Novembro atingiu um saldo positivo de 1,63 mil milhões de euros, apesar da quebra registada no mês de Novembro, conforme revelou também esta quarta-feira o Eurostat. A balança de serviços compensa o défice na balança comercial de bens que até Novembro atingiu os 7,8 mil milhões (ainda assim menor que os 8,3 mil milhões de défice um ano antes). O saldo conjunto atingiu, assim, um valor positivo de 3 mil milhões de euros, uma melhoria, face ao período homólogo, de 758 milhões.

Se a balança corrente melhorou, o excedente da balança de capital diminuiu ligeiramente para os dois mil milhões de euros. O que significa que entre Janeiro e Novembro de 2015, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital atingiu os 3,65 mil milhões de euros, mais 259 milhões que um ano antes. A evolução, explica o Banco de Portugal, deveu-se a todas as componentes da balança corrente, com excepção "do rendimento primário, o qual foi influenciado por um menor rendimento de fundos comunitários e por um maior défice dos rendimentos de investimento". A balança de capital também caiu no seu excedente devido ao menor fluxo de fundos comunitários.

A balança financeira, por seu lado, apurou um saldo positivo nos activos líquidos de Portugal sobre o exterior de 4,34 mil milhões de euros, melhor que os 3,5 mil milhões um ano antes. O que se ficou a dever ao saldo positivo no investimento directo, com 806 milhões de euros. Um ano antes este tinha tido um saldo negativo de dois mil milhões de euros. O investimento de carteira também reverteu de um valor negativo para positivo. O comportamento da balança financeira é justificado pelo Banco de Portugal pelo reembolso antecipado ao FMI de uma parte do empréstimo concedido no programa de ajuda externa e pela amortização de títulos de dívida por parte de bancos portugueses. 

Estas são as três componentes que compõem a balança de pagamentos e que, até Novembro do ano passado, tinha um valor positivo de 7.992 milhões de euros, mais mil milhões que há um ano.
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