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Endividamento da economia portuguesa baixa de recorde em Julho

Contrariando a tendência dos últimos meses, o endividamento do sector privado aumentou, tendo-se verificado uma queda no sector público.

As grandes empresas foram as principais responsáveis pelo aumento do endividamento da economia em Julho Paulo Duarte
21 de Setembro de 2017 às 12:17
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Depois de ter atingido o valor mais elevado de sempre no final do primeiro semestre, o endividamento da economia portuguesa (excluindo o sector financeiro) encolheu em Julho, naquela que foi a primeira queda mensal desde Dezembro do ano passado.

 

De acordo com os dados do Banco de Portugal, o endividamento do sector não financeiro situou-se em 725,4 mil milhões de euros em Julho, o que traduz uma queda de 613 milhões de euros face ao recorde de 726 mil milhões de euros registado em Junho.

 

O registo de Junho era o mais elevado de sempre em valor, mas não quando medido o peso na economia. Em percentagem do PIB atingiu 385,4%, bem abaixo dos 393,2% do PIB registados em Junho do ano passado.

 

Tendo o valor nominal descido em Julho, e caso a tendência se mantenha, será de esperar uma nova redução do peso da dívida na economia no terceiro trimestre.

 

Apesar da descida em Julho, no acumulado do ano o aumento do endividamento da economia supera os 10 mil milhões de euros, tendo totalizado os 725,4 mil milhões de euros. Em Dezembro do ano passado situava-se em 715,1 mil milhões de euros.

 

Dívida aumenta nas empresas privadas

 

Na nota hoje publicada, o Banco de Portugal adianta que do endividamento total, 316,8 mil milhões dizem respeito ao sector público e 408,6 mil milhões ao sector privado.

 

Contrariando a tendência registada nos últimos meses, em Junho o sector privado aumentou o endividamento (400 milhões de euros) e o sector público baixou (mil milhões de euros).

 

"A subida do endividamento do sector privado reflectiu o acréscimo do endividamento externo das empresas privadas. Este acréscimo foi parcialmente compensado pela redução do endividamento destas empresas e dos particulares perante o sector financeiro residente", refere o Banco de Portugal.

 

O endividamento das empresas privadas aumentou mais de 400 milhões de euros para 266,9 mil milhões de euros, com destaque para as grandes empresas.

 

Nos particulares o endividamento voltou a diminuir, com uma queda de 100 milhões de euros para 141,7 mil milhões de euros, com destaque para o crédito à habitação.

 

Quanto ao sector público, a descida deve-se sobretudo "à diminuição do financiamento obtido junto do sector não residente e das próprias administrações públicas".

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