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Economia portuguesa dá sinais de recuperação em Abril
O consumo privado sustentou a recuperação da economia no arranque do segundo trimestre, de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE.
A Síntese Económica de Conjuntura, divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, aponta para uma recuperação da economia portuguesa no arranque do segundo trimestre.
O indicador de actividade económica, disponível até Abril, atingiu uma taxa de crescimento homóloga de 2,9%, duas décimas acima do registado em Março. Esta foi a primeira subida desde Setembro no valor do indicador, que atingiu o nível mais elevado deste ano.
O relatório do INE aponta assim para uma recuperação da economia portuguesa face ao abrandamento registado no primeiro trimestre do ano.
O consumo das famílias terá contribuído para a melhoria da economia em Abril. "O indicador quantitativo do consumo privado aumentou em Abril, reflectindo um contributo positivo mais expressivo de ambas as componentes, consumo duradouro e não duradouro", refere o relatório do INE. Tal como o instituto já tinha assinalado, o indicador de clima económico em Maio sugere que esta tendência de recuperação poderá ter prosseguido no segundo mês do segundo trimestre.
O INE acrescenta que "considerando a actividade económica da perspectiva da produção, os índices de produção na indústria e na construção aceleraram em Abril, à semelhança do verificado no índice de volume de negócios na indústria".
Quanto à informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP), disponível até Abril, "aponta para uma aceleração da actividade económica em termos reais na indústria e na construção, verificando-se também uma aceleração do índice de volume de negócios na indústria em termos nominais".
No primeiro trimestre do ano, o PIB de Portugal cresceu, em cadeia, 0,4% e 2,1%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Estes valores ficaram aquém das estimativas, com os economistas a apontarem para que o PIB crescesse 0,6%, face ao último trimestre do ano passado, ou 2,3% em termos homólogos.