Notícia
Dívida externa portuguesa sobe no primeiro semestre
As acções de empresas detidas por não residentes valorizaram; o kwanza, o real brasileiro e o bolívar venezuelano tiraram valor aos activos detidos pelos portugueses lá fora, e as transacções líquidas também pesaram.
No final do primeiro semestre de 2018, a dívida externa portuguesa, avaliada pela posição de investimento internacional, subiu para 209,5 mil milhões de euros, o equivalente a 106,8% do PIB. Face ao final de 2017, o número representa um agravamento de 1,1 pontos percentuais. Os dados foram publicados esta terça-feira, 21 de Agosto, pelo Banco de Portugal.
A degradação da posição de investimento internacional, que mede a diferença entre os activos e os passivos de Portugal face ao exterior, explica-se pelo contributo de três factores: a variação de preços prejudicou as contas, as transacções também e as variações cambiais idem.
Conforme explica o Banco de Portugal, as acções de empresas em Portugal, mas que são detidas por não residentes valorizaram. Este efeito prejudicou a posição de investimento internacional em 3,6 mil milhões de euros.
Depois, as transacções líquidas que ocorreram entre o território português e o exterior foram prejudiciais a Portugal, em 1,3 mil milhões de euros. Ou seja, entre os activos constituídos por residentes face ao exterior e os passivos contraídos lá fora, o saldo foi negativo para Portugal.
Por fim, a própria variação cambial prejudicou a economia nacional. É que a depreciação do kwanza, do real brasileiro e do bolívar venezuelano retirou valor aos activos detidos por residentes em Portugal lá fora. Ao mesmo tempo, o dólar e o iene valorizaram, o que fez subir os passivos dos portugueses face ao exterior.
O Banco de Portugal adianta ainda que, mesmo olhando para a dívida externa líquida – que exclui os instrumentos de capital, o ouro em barra e os derivados financeiros – esta aumentou. No final de Junho de 2018 atingiu 183,1 mil milhões de euros, o equivalente a 93,4% do PIB, quando no final de 2017 a dívida externa líquida representava 92,5% do PIB.
A degradação da posição de investimento internacional, que mede a diferença entre os activos e os passivos de Portugal face ao exterior, explica-se pelo contributo de três factores: a variação de preços prejudicou as contas, as transacções também e as variações cambiais idem.
Depois, as transacções líquidas que ocorreram entre o território português e o exterior foram prejudiciais a Portugal, em 1,3 mil milhões de euros. Ou seja, entre os activos constituídos por residentes face ao exterior e os passivos contraídos lá fora, o saldo foi negativo para Portugal.
Por fim, a própria variação cambial prejudicou a economia nacional. É que a depreciação do kwanza, do real brasileiro e do bolívar venezuelano retirou valor aos activos detidos por residentes em Portugal lá fora. Ao mesmo tempo, o dólar e o iene valorizaram, o que fez subir os passivos dos portugueses face ao exterior.
O Banco de Portugal adianta ainda que, mesmo olhando para a dívida externa líquida – que exclui os instrumentos de capital, o ouro em barra e os derivados financeiros – esta aumentou. No final de Junho de 2018 atingiu 183,1 mil milhões de euros, o equivalente a 93,4% do PIB, quando no final de 2017 a dívida externa líquida representava 92,5% do PIB.