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Maia disponibiliza hotel para idosos em lares que passem Natal em família

A medida, sustenta a autarquia em comunicado, visa permitir aos idosos, num máximo de 45, "fazer os 14 dias de isolamento" após estarem com as respetivas famílias até regressarem aos lares.

Fernando Freire
23 de Dezembro de 2020 às 21:24
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A Câmara da Maia disponibilizou um hotel, em Pedras Rubras, para o isolamento de idosos residentes em lares que não tenham sido infetados nos últimos 90 dias e que passem o Natal em família, foi hoje anunciado.

A medida, sustenta a autarquia em comunicado, visa permitir aos idosos, num máximo de 45, "fazer os 14 dias de isolamento" após estarem com as respetivas famílias até regressarem aos lares.

A estrutura de retaguarda, precisa o comunicado, "está preparada para assegurar o isolamento dos idosos que não tenham tido contacto com o vírus nos últimos 90 dias e a quem os responsáveis clínicos das instituições permitam o convívio com familiares nesta quadra festiva".

Citado pela nota de imprensa, o presidente da autarquia do distrito do Porto, António Silva Tiago sublinhou ser esta uma "forma de permitir que as famílias continuem a acarinhar as pessoas mais velhas, que mais têm sofrido com a pandemia, numa época particularmente sensível", alertando ainda que "a solidão pode ser mais grave e provocar muitos danos".

Citando uma mensagem da Delegação de Saúde da Maia "enviada às instituições", a câmara salienta que "a saída de uma estrutura residencial por parte de alguns utentes poderá não implicar risco significativo para os restantes utentes da estrutura".

"Em particular, as pessoas com histórico de infeção por SARS-COV-2 nos últimos 90 dias à data de avaliação de risco, apresentam risco reduzido para nova infeção e consequente transmissão do vírus para outras pessoas vulneráveis", prossegue o comunicado.

Ainda assim, alerta a autoridade de saúde local, "em todos os cenários, a equipa clínica da Estrutura Residencial deverá ponderar os riscos e benefícios, tendo em consideração as particularidades de cada pessoa envolvida e o seu contexto".

Assim, continua o comunicado, as "eventuais saídas de residentes/utentes da estrutura deverão estar acauteladas com as condições necessárias para assegurar os isolamentos que possam ser necessários" e "deve ainda ser garantida a avaliação clínica no acolhimento dos residentes/utentes nestas instituições para a deteção precoce de qualquer sintoma ou sinal sugestivos da covid-19".

Nestes casos "aplicam-se os procedimentos de caso suspeito da covid-19 já implementados nas instituições", recorda a nota de imprensa.

Uma vez cumprida a quarentena, a autarquia assegura que o "regresso ao lar do idoso é feito por viaturas preparadas para o efeito, com todas as garantias de higienização e distanciamento social".

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.718.209 mortos resultantes de mais de 77,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.343 pessoas dos 383.258 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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