No início deste ano, o atual Ministro Adjunto, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, sublinhava que "Se queremos continuar a crescer nas exportações temos que perceber que há desafios que têm a ver com qualificação dos recursos humanos, com a indústria 4.0, com o acesso a fontes de financiamento e que são diferentes de setor para setor ".
Na altura, o Governo assinava pactos setoriais para a competitividade e internacionalização com seis clusters de competitividade, representativos de seis setores de atividade, visando dinamizar a atividade de clusterização e, acima de tudo, tentar acelerar as exportações desses clusters e dos seus associados.
Os pactos pretendem implementar um conjunto de medidas e ações setoriais e contribuir para o reforço da mobilização da sociedade civil, assente numa estratégia e missão comuns, abordando temas desde a economia circular a uma eficaz transição energética e ecológica, passando pela melhoria da envolvente regulamentar e legal das empresas.
Cerca de nove meses depois, e mais 10 pactos assinados com outros clusters de competitividade reconhecidos pelo Governo, realiza-se a 1ª Conferência Nacional de Clusters, um fórum que pretende contribuir para a atividade de clusterização.
Esta conferência, dirigida aos clusters portugueses de competitividade e seus membros associados, da parte da manhã incluirá uma sessão plenária que terá a presença de oradores nacionais e internacionais ligados à temática da clusterização, nomeadamente, representantes da unidade COSME da DG GROW, Comissão Europeia e da EASME-Executive Agency for Small and Medium-sized Enterprises, também da Comissão Europeia. Durante esta sessão será também apresentado o programa de trabalho COSME previsto para 2020. Este programa de trabalho prevê, para além de um orçamento superior a 2019, algumas propostas de novas ações para clusters.
A sessão contará com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves.
Da parte da tarde está prevista a realização de workshops paralelos com o objetivo de partilhar boas práticas sobre as novas tendências de negócio à escala global, nomeadamente, Digitalização, Economia Circular e Mercados Públicos. Adicionalmente, o evento irá ainda incluir reuniões bilaterais entre clusters e peritos em matérias relevantes.
Para os workshops foram recebidas mais de 90 inscrições, registando-se mais de 140 pedidos para reuniões bilaterais, o que demonstra o interesse que as matérias associadas à atividade de dinâmica em rede representam para os clusters de competitividade portugueses.
Recorde-se que, em 2015, através do Despacho n.º 2909/2015, de 13 de março, o Governo considerou que o reconhecimento dos clusters de competitividade deve incentivar a mobilização dos atores económicos para a partilha colaborativa de conhecimento, centrada em ações de eficiência coletiva nos domínios da inovação e da internacionalização.
Passados 3 anos, em 2018, já os Clusters de Competitividade envolviam 2207 associados, dos quais 1796 eram entidades empresariais, nomeadamente 1103 PME, 238 grandes empresas e 455 microempresas. Para além destas, eram ainda associadas 221 entidades do SI&I, 114 associações, entre outros associados.
Atualmente são 18 os clusters de competitividade reconhecidos:
• AED Cluster Portugal
• Cluster AEC - Arquitetura, Engenharia e Construção
• Cluster Automóvel
• Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa
• Cluster da Vinha e do Vinho
• Cluster da Petroquímica, Química Industrial e Refinação
• Cluster do Calçado e Moda
• Cluster do Mar Português
• Cluster dos Recursos Minerais de Portugal
• Cluster Habitat Sustentável
• Cluster Smart Cities Portugal
• Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda
• Cluster Turismo
• Engineering & Tooling Cluster
• Health Cluster Portugal
• Portuguese AgroFood Cluster
• PRODUTECH – Cluster das Tecnologias de Produção
• TICE.PT