O El Corte Inglés de Lisboa inaugurou, na passada quinta-feira, a exposição Hiberia, de um coletivo de artistas de diferentes países, em colaboração com a Galeria María Porto do El Corte Inglés da Castellana, Madrid.
A exposição, de entrada livre, estará patente até dia 31 de outubro, no Âmbito Cultural e Gourmet Experience, nos pisos 6 e 7, respectivamente, e no Piso 0 do El Corte Inglés de Lisboa.
O nome da exposição espelha as relações que se desenvolveram ao longo do tempo entre Espanha e Portugal. Os laços histórico-culturais e geográficos entre as duas nações criaram um ambiente propício ao desenvolvimento de relações especiais, que estiveram presentes em inúmeros períodos de tempo. O El Corte Inglés é, ele próprio, um símbolo de relação entre os dois países, uma vez que apenas opera em Portugal e Espanha, tal como a Galeria Maria Porto que nasceu em Madrid e terá agora uma exposição em Lisboa.
Iberia é o nome dado pelos antigos gregos a Espanha e Portugal, a atual Península Ibérica, que os romanos mais tarde chamaram de Hiberia. É, por isso, que esta exposição pretende ser um testemunho das relações mantidas entre os dois países, mas no presente, através de um diálogo artístico entre dois lugares. Além disso, a Galeria María Porto, um projeto inovador de galeria localizada dentro de um espaço comercial, tem como principal objetivo a aproximação da arte a novos públicos.
A exposição conta com obras de pintura e escultura. Além disso, embora se exponham maioritariamente artistas portugueses e espanhóis, também marcam presença artistas de outras nacionalidades com o propósito de promover e exaltar o diálogo intercultural entre artistas de diferentes partes do mundo, com nomes tão diversos como Antonio López, Alvaro 'Donell, Paco Conesa, Ana Malta, Felipão e Daniel Barrio, entre outros. Todos os artistas se unem nesta exposição, dialogando como testemunhas, encarregados de perpetuar as relações internacionais por meio da arte.
María Porto
María Porto estudou Direito e iniciou carreira profissional na Galeria Marlborough em Madrid, em 1992. Ao longo da sua trajetória, liderou vários projetos em diferentes áreas da galeria e foi sua Diretora-geral entre os anos 2000 e 2005. A partir desse mesmo ano, decidiu iniciar uma carreira a solo. Foi então que nasceu a Aqualium, especializada na gestão e assessoria de projetos culturais, assumindo a responsabilidade pelas principais operações de arte pública em Espanha nos últimos anos.